A greve contra a Reforma da Previdência na França entrou na sua terceira semana, com uma forte participação dos funcionários dos transportes públicos. Em razão da anulação de milhares de comboios, às vésperas das férias de fim de Ano muita gente ainda não sabe se vai conseguir poder viajar. Há quem já se organize para passar as Festas de Natal longe dos familiares.
Desde 5 de Dezembro, a mobilização contra a Reforma proposta pelo Governo afecta a vida de quem mora na França. Em Paris (a Capital), a situação é particularmente tensa, já que o transporte público funciona parcialmente, obrigando os usuários a improvisar, indo trabalhar de carro, bicicleta, trotinete, ou a pé. Mas agora, nessa terceira semana de greve, o movimento afecta um dos rituais mais importantes do País: as viagens de Fim de Ano.
Tradicionalmente, os parisienses deixam a Capital no final de Dezembro para passar o Natal com os familiares em suas cidades de origem, no interior do País.
Desde quarta-feira, 18, o Governo tenta convencer os sindicatos a fazerem uma pausa no movimento durante as Festas de Fim de Ano. No entanto, apesar dos apelos e mesmo se uma das forças sindicais cogitou dar uma trégua, pelo menos, no Natal, a maioria dos representantes dos empregados preferiu manter a greve. Mais da metade dos maquinistas estavam de braços cruzados, na noite desta sexta-feira, 20.
Nm país onde o Transporte Ferroviário sempre foi privilegiado para viagens nacionais, os passageiros que pretendiam deixar a cidade e não podiam esperar tiveram que encontrar alternativas. Acostumados a viajar em trens-bala que circulam, em média, a 320 quilómetros/hora, os mais apressados e dispostos a pagar uma nova passagem acabaram reservando um bilhete de avião.
Mas, para quem não quer sair do chão – e está disposto a enfrentar congestionamentos -, a opção são os sistemas de boleia colectiva, passando por aplicativos, ou o aluguer de carros.
Já quem não quer gastar muito, optou pelos autocarros de longa distância, popularizados há apenas alguns anos na França, após décadas de monopólio ferroviário para o transporte terrestre.
Com: RFI
França: Greve contra Reforma da Previdência ameaça as férias de Natal
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