O primeiro-ministro disse hoje que em 2021 pretende “reduzir para 20.000” o número de jovens sem emprego, sem educação e sem formação, correspondendo a 10% desta população cabo-verdiana.
Segundo Ulisses Correia e Silva, este objectivo vai ser alcançado graças ao contínuo investimento nos programas de formação e de estágios profissionais, assim como às políticas de acesso à inclusão, à educação e às políticas de “promoção e incentivos” ao empreendedor jovem e à dinâmica do crescimento económico”.
O chefe do Governo fez essas considerações no debate sobre o emprego jovem, uma iniciativa agendada a pedido do grupo parlamentar do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição).
“Reduzir de forma significativa a proporção de jovens sem emprego, sem educação e sem formação é um dos objectivos do desenvolvimento sustentável que pretendemos atingir”, precisou o governante, para quem as reformas do sistema educativo em curso estão a ter efeitos, resultando em “menos jovens que abandonam a escola”.
Reiterou que para o ano lectivo 2020/2021 o seu executivo vai garantir a “gratuitidade” do ensino completa, beneficiando, de acordo com as suas palavras, 53 mil adolescentes e jovens em todo o país.
Correia e Silva avançou ainda que até ao momento o Governo já disponibilizou 11.283 bolsas de estudo para o ensino superior, correspondentes a um investimento de mais de dois milhões e contos.
“Saldamos as dívidas com as instituições do ensino superior de 439 mil alunos com diplomas retidos por falta de pagamento das propinas”, afirmou, acrescentando que para tal foram investidos, através do FICASE, 39 mil contos.
Para Ulisses Correia e Silva, as políticas de emprego estão a “aumentar a empregabilidade através da massificação de formação profissional, reconversão profissional e estágios profissionais”.
“Aumentamos três vezes o investimento para a subsidiação da formação profissional”, assegurou o primeiro-ministro, para depois revelar que o número de beneficiários de formação profissional aumentou de 3.616 em 2016 para 5.082, de Janeiro a Setembro de 2019.
Estas medidas de política, prosseguiu o primeiro-ministro, têm tido um “impacto no emprego”.
Assim, indicou que 80 por cento dos jovens formados na Escola de Hotelaria e Turismo conseguiram emprego e que o mesmo aconteceu com 77 por cento dos jovens formados nos programas de emprego e empreendedorismo.
“60 Por cento dos estagiários, jovens licenciados, conseguiam emprego”, anunciou, lembrando que a execução das políticas do seu Governo em relação à formação, qualificação e emprego foi alvo da última avaliação por parte do Grupo de Apoio Orçamental (GAO) que considerou “muito positiva”.
No dizer do primeiro-ministro, tais resultados ficaram a dever-se a políticas de “estímulos e incentivos” ao investimento privado, nacional e estrangeiro e “aumento da confiança”.
“Estamos conscientes dos desafios e vamos juntos vencê-los para reduzir de forma significativa o numero de jovens sem emprego, sem educação e sem formação”, concluiu, prometendo continuar a “dinamizar” a economia das ilhas, com vista a criar “mais oportunidades investimentos e de emprego”.
Fonte: Infopress
Inforpress
Governo anuncia que para 2021 pretende reduzir para 20 mil o número de jovens sem emprego
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