Os alunos do curso de Artes Gráficas da Escola Técnica do Mindelo participam, pela
primeira vez, de um processo de tratamento e preparo do algodão, na residência
criativa Neve Insular, no âmbito da URDI 2019.
A oficina trabalha com o algodão, plantado e colhido em São Vicente pelo projecto
Neve Insular, enquanto matéria prima que, antigamente, era muito explorado em
Cabo Verde e teve um papel importante na sua economia, mas que acabou por
desaparecer.
Por serem alunos das artes gráficas, explica o professor Jair Pinto, trabalham com
imagem e vários tipos de corte. Portanto, esta experiência pode ser uma mais valia na sua formação caso, mais tarde, enveredarem por um curso ou formação profissional ligados ao artesanato e design.
O objectivo é passar ensinamentos sobre as primeiras transformações do algodão
depois da colheita, até chegar a fios de algodão, utilizados na tecelagem e tapeçaria.
“Estão completamente maravilhados com a experiência e com o primeiro contacto
com uma técnica centenária” diz o professor, para quem, hoje em dia, os alunos estão
muito habituados com as tecnologias digitais, pelo que este trabalho manual e
artesanal proporciona uma aventura completamente nova.
A técnica é algo que, à partida, parece simples e de fácil entendimento, mas que exige
muita prática para ganhar o seu domínio, considera.
Apenas metade de uma turma participa da residência e depois serão encarregues de
passar os conhecimentos adquiridos para os outros colegas. O objectivo, segundo Jair Pinto, é explorar a técnica ao longo do curso, no 11º e 12º anos.
NA
Alunos da Escola Técnica do Mindelo abraçam residência criativa com o algodão
Por
Publicado em