Terra D´Soded é um projecto artístico que nasceu há sete anos com um
propósito: promover e dar visibilidade aos artesãos e a toda a
manifestação artística e cultural da ilha de Santo Antão.
Há dois anos este propósito ganhou novos contornos, que o tem feito
chegar a várias escolas da ilha, com intervenções artísticas e educativas
através da pintura de murais, com mensagens sobre temas pertinentes,
direcionados a jovens e crianças. Este lado do projecto chama-se “Arte
Educativa nas Escolas” e a sua intervenção mais recente está registada em
Tarrafal de Monte Trigo.
A equipa atua em vários domínios, desde a preservação do ambiente, da
água e dos animais ao enaltecimento de ícones marcantes da história e
cultura cabo-verdiana em diferentes domínios.
Liderada pelo artesão e pintor santantonense Carlos Alberto, Terra D´Soded tem juntado esforços, junto de outros parceiros, para que esta iniciativa chegue ao maior
número de escolas possível.
Este projecto já esteve em escolas do Porto Novo e da Ribeira Grande e a
próxima paragem deve ser na Escola Secundária de Coculi. “Temos sido
bem aceites, principalmente em escolas com pinturas antigas. Para além
de ser uma forma de criar um ambiente mais agradável para os alunos, as
nossas intervenções representam um meio de sensibilização através da
arte, muitas vezes, de mais rápido acesso e absorção”, explica o artesão
Carlos Alberto.
Arte Educativa nas Escolas começou por iniciativa do projecto Terra
D´Soded. Entretanto, hoje já recebe convites de escolas interessadas neste
tipo de intervenção. “Buscamos parceiros, mas procuramos não depender
a 100 por cento das escolas, pois é um processo que demora muito.
Muitas vezes somos o nosso próprio patrocinador.”
Além de embelezar escolas, o objectivo é também inspirar crianças a
desenvolver uma mentalidade mais aberta, voltada para a arte e ajudá-las
a desenvolver capacidades psíquicas e artísticas.
Terra D´Soded almeja elevar a arte made in Santo Antão a altos
patamares, como explica Carlos Alberto.
“A ideia surgiu depois de perceber que a nossa ilha estava a ficar para trás. Não vale ficar a espera que alguém faça algo por nós. Se podemos fazer vamos fazer nós mesmos.”
NA
