Perto de 600 policiais participaram no desmantelamento de dois acampamentos, que abrigavam entre centenas de pessoas no bairro de La Chapelle e sob as pontes do anel viário periférico no Norte de Paris.
De acordo com a RFI, a maioria são afegãos, africanos e famílias com crianças. Os migrantes foram levados em autocarros fretados para locais de acolhimento provisório.
As autoridades dizem estar determinadas a retomar o domínio de áreas que se tornaram “incontroláveis” e “insalubres”. Desde 2015, a Polícia já fez 59 operações semelhantes naquela região de Paris.
O ministro do Interior, Christophe Castaner, prometeu analisar a situação de cada um dos migrantes, ratificando a vontade do Governo de acolher as pessoas. “Há homens e mulheres que aguardam a resposta do pedido de asilo. Para isso, temos locais que dobramos de quantidade desde 2015. Eles serão mais de 100 mil até o fim deste ano”, afirmou em entrevista à “France Info”.
No entanto, o ministro ressaltou que “para aqueles que não puderem permanecer em França”, o Governo emitirá ordens para que deixem o Território. “Faz muito tempo que perdemos o controlo da integração”, reiterou, criticando as más-condições para o acolhimento dos migrantes no País.
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, estava presente durante a operação de desmantelamento. A situação dos migrantes na Capital francesa é motivo de tensão entre a prefeita e o Governo Macron. Hidalgo acusa o Estado de “prosperar a falta de dignidade e o caos” com sua falta de acção.
Durante a operação, a Associação Médicos do Mundo denunciou a nova Política de Imigração do Presidente Emma
nuel Macron que – Segundo a Colectividade -, cerceia os direitos dos solicitantes de asilo. Médicos do Mundo está furiosa com o período de carência de três meses imposto pelo Governo, para que os solicitantes de asilo tenham acesso à assistência médica.
Com RFI