Uma delegação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) está no Chile para monitorar o comportamento das Forças de Segurança durante a onda de protestos. O órgão é comandado pela ex-Presidente chilena, Michelle Bachelet.
Perto de uma centena de representantes de organizações sociais expuseram suas denúncias aos delegados do ACNUDH. Grupos de povos nativos, estudantes e LGBT’s fizeram exposições e entregaram documentos às representantes da ONU. A delegação fica no Chile até 22 de Novembro.
“Fizemos uma exposição, inclusive com fotografias de pacientes que perderam a visão ou até mesmo o globo ocular”, contou o presidente do Colégio Médico, Enrique Morales. De acordo com ele, nas duas semanas de crise, 157 pessoas foram atendidas com lesões oculares por balas ou bombas. Os números tendem a crescer
A organização independente Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH) disse, em seu último balanço, que mil 574 pessoas estão internadas, por causa de ferimentos em protestos. Foram apresentadas ainda 179 acções judiciais contra agentes do Estado, incluindo cinco por homicídio e 18 por violência sexual.