O Chile abriu mão de organizar a Conferência Mundial sobre o Clima (COP25) prevista para Dezembro, assim como a Cúpula do Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), em Novembro, devido aos protestos que estão abalando o País.
“É com um profundo sentimento de dor, porque é doloroso para o Chile, que nosso Governo decidiu não realizar a Cúpula da APEC (…), nem a da COP25”, anunciou o Presidente da República (PR) chileno, Sebastian Piñera.
A Cúpula da APEC estava programada para ocorrer em Santiago (a Capital), nos dias 16 e 17 de Novembro e a COP25, de 2 a 13 de Dezembro.
O Chile foi abalado, nas últimas duas semanas, por uma onda de protestos – sem precedentes -, contra as desigualdades sócio-económicas, com manifestações às vezes cheias de violência em Santiago e outras cidades.
“Esta foi uma decisão muito difícil de tomar, uma decisão que está nos causando muitos problemas, porque entendemos, completamente, a importância da APEC e da COP para o Chile e o mundo”, disse Piñera, no cargo desde Março de 2018.
Perto de 25 mil delegados eram esperados na COP25 de Santiago, incluindo a jovem activista climática sueca, Greta Thunberg.
A Cúpula de Líderes da APEC, prevista para começar a 16 de Novembro, foi apresentada como uma oportunidade para a assinatura dos Presidentes dos Estados Unidos da América, Donald Trump, e da China, Xi Jinping da “Fase 1” de um Acordo Comercial, que poderia pôr fim aos desacertos existentes entre as duas primeiras potências económicas do Globo.
Em Washington, um funcionário da Casa Branca disse que o cancelamento da Cúpula de Santiago “pegou de surpresa” a Administração norte-americana.
Com RFI