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Bolívia: Opositores convocam novos protestos após reeleição de Morales

Apesar da confirmação da vitória de Evo Morales, no primeiro turno da Eleição Presidencial na Bolívia, segundo resultados oficiais divulgados na sexta-feira, 25, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), opositores convocaram novos protestos para denunciar uma votação fraudulenta. Bolivianos insatisfeitos com o desfecho da apuração bloquearam ruas em La Paz, Santa Cruz de La Sierra e outras cidades do País.

Os bolivianos foram dormir na noite de sexta-feira ouvindo um ruidoso panelaço. Mais cedo, o TSE havia informado que Morales foi reeleito com 47,08 por cento (%) dos votos contra 36,51% do adversário centrista Carlos Mesa. O opositor declarou que não reconhece os resultados do TSE.

O secretário-geral da ONU, o português António Guterres, reagiu, afirmando que apoia “totalmente” uma auditoria da Organização dos Estados Americanos (OEA) no controvertido processo de contagem dos votos.

A presidente do TSE, María Eugenia Choque, diz não ter nada a esconder das organizações internacionais. “Estamos abertos a uma auditoria do processo eleitoral”, uma medida também defendida por Morales.

O TSE reafirmou a “transparência do Sistema Eleitoral”, acrescentando que não haverá segundo turno, apesar dos questionamentos feitos por União Europeia, Estados Unidos da América, Argentina, Brasil e Colômbia. Os observadores da OEA que acompanharam a votação no País também recomendaram a realização de um segundo turno como “melhor opção” para dissipar as suspeitas.

México e Cuba já parabenizaram Morales pela reeleição. O venezuelano Nicolás Maduro defendeu a legitimidade do resultado obtido pelo aliado andino.

Morales não perdeu tempo e iniciou seu quarto mandato inaugurando obras em povoados rurais, onde agradeceu o apoio de pequenos agricultores na votação do dia 20 de Outubro. Ele completa 60 anos neste sábado, 26, e terá de enfrentar o descontentamento de milhares de eleitores frustrados com sua reeleição.

Com RFI

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