O Prémio Nobel da Paz’2019 foi hoje, 11, atribuído ao Primeiro-Ministro (PM) etíope, Abiy Ahmed Ali, promotor de um Acordo com a Eritreia, anunciou o Comité Nobel norueguês.
O comité do Nobel salientou, ainda, o trabalho que Abiy Ahmed tem desenvolvido a nível interno na Etiópia, destacando as reformas implementadas no País, que “dão aos cidadãos a esperança de uma vida melhor e de um futuro mais brilhante”.
“Como PM, Abiy Ahmed procurou promover reconciliação, solidariedade e justiça social”, pode ler-se na página do “Twitter” do Prémio Nobel.
A mediação do galardoado no Processo de Paz entre a Etiópia e a Eritreia levou à assinatura, a 18 de Setembro de 2018, de um Acordo considerado histórico.
O responsável político encontrou-se com o Papa Francisco, em Janeiro deste ano, com o qual sublinhou “o compromisso da Etiópia na estabilização” do chamado “Corno de África”, numa conversa sobre a “situação regional, a solução pacífica dos conflitos e o desenvolvimento sócio-económico” da região.
No seu discurso ao Corpo Diplomático, a 7 de Janeiro, Francisco tinha saudado o “histórico Acordo entre a Etiópia e a Eritreia, que pôs fim a 20 anos de conflito e restabeleceu as relações diplomáticas entre os dois países”.
Ainda em 2019, Abiy Ahmed nomeou o cardeal Berhaneyesus Souraphiel, arcebispo de Adis-Abeba, como coordenador da Comissão Nacional para a Reconciliação e Paz na Etiópia, que tem como objectivo promover futuro de estabilidade, depois de mais de 20 anos de guerra.