O vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, destacou o papel do comissário europeu para a Cooperação Internacional e o Desenvolvimento, Neven Mimica, que segundo ele tem feito um “trabalho extraordinário” em prol da África e de Cabo Verde.
“Gostaríamos de manifestar ao senhor comissário o nosso profundo reconhecimento por aquilo que fez e pelas marcas que vai deixar em Cabo Verde e em todo o continente africano”, precisou o governante, acrescentando que o arquipélago é um “aliado de confiança” da União Europeia, porque, disse, além de partilharem a mesma história, partilham a mesma cultura e o mesmo mar, e Cabo Verde tem uma “diáspora forte” na Europa.
O governante fez estas considerações durante uma conferência de imprensa ao lado do comissário europeu Neven Mimica, que iniciou sábado uma visita de dois dias a Cabo Verde.
Lembrou ainda que existem no país muitos investidores europeus e cidadão deste continente que escolheram Cabo Verde para viver e, por isso, o país e a União Europeia têm de enfrentar juntos o presente e, “seguramente”, vencerão juntos o futuro.
Para o governante, Cabo Verde e a União Europeia partilham os mesmos valores, da liberdade, da democracia, dos direitos do homem, o Estado de Direito e a promoção da inclusão social e do género, assim como a responsabilidade ambiental.
Segundo Olavo Correia, estes valores são fundamentais para a construção de um “quadro referencial de cooperação” entre o arquipélago e a União Europeia.
Para o também ministro das Finanças, existem instrumentos que marcam o relacionamento com a U E, o primeiro é o Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PEDS) e o segundo é Aliança Europa/Africa.
Salientou que o projecto da Zona Económica Especial Marítima de São Vicente vai ser construído também com o concurso da União Europeia e dos países europeus.
“Somos um aliado de confiança, mas também defendemos um mundo sem fronteiras e nem limites. Defendemos a livre circulação de bens, pessoas e capitais entre Cabo Verde e a União Europeia. É um projecto que tem de ser construído e há uma abertura para a sua construção”, indicou o vice-primeiro-ministro, acrescentando que a aliança entre a União Europeia e Cabo Verde tem de ser valorizada com base no reforço da integração do país no continente africano.
Olavo Correia avançou ainda que Cabo Verde, enquanto país confrontado com desigualdades sociais e económicas, com alterações climáticas e com a seca quer continuar com o apoio da União Europeia, que nos últimos anos tem sido “muito importante”.
“Cabo Verde, enquanto pequeno país insular, arquipelágico e endividado, é defensor de um tratamento diferenciado para os pequenos estados insulares no seu relacionamento com a União Europeia”, indicou.
Inforpress