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Política

Europa quer “mudança de paradigma” nas relações com África

Esta aliança apresenta a África como ela é: um continente de oportunidades. Um continente situado nas portas da Europa. Um continente com ligações muito fortes com a Europa”, referiu o comissário europeu, em conferência de imprensa no âmbito de uma visita de dois dias a Cabo Verde.

África nunca esteve tão no topo da agenda política europeia como agora. Chegou o tempo de construir uma parceria económica forte, espelhada em diversos setores como a agricultura, tecnologia digital, conectividade, transportes e energias”, prosseguiu Neven Mimica.

A nova Aliança África-Europa foi proposta no ano passado pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, esperando que “aumente substancialmente” o investimento no continente africano e fomente emprego e trocas comerciais entre os dois blocos.

O comissário europeu para a Cooperação Internacional e Desenvolvimento disse acreditar no futuro da relação da União Europeia com a África no seu todo e com todas as suas regiões e países de uma forma individual.

Neven Mimica disse que a Zona de Comércio Livre em África que está a ser criada é um “excelente primeiro passo” para tentar acabar com as barreiras comerciais entre os países africanos e uma forma de criar maior integração económica e maior desenvolvimento industrial para os países africanos.

“Com o objetivo final que é uma integração continente a continente, através de acordos de comércio livre entre África e a Europa”, explicou o responsável europeu, para quem Cabo Verde já desempenhou e poderá continuar a desempenhar um papel importante neste processo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros cabo-verdiano, Luís Filipe Tavares, disse em julho que o país está prestes a ratificar o Acordo de Livre-Comércio Continental Africano (AfCFTA, sigla em inglês) e referiu que o documento não contradiz a parceria do país com a União Europeia.

O acordo pretende estabelecer um enquadramento para a liberalização de serviços de mercadorias e tem como objetivo eliminar as tarifas aduaneiras em 90% dos produtos, permitindo criar o maior mercado do mundo com um Produto Interno Bruto (PIB) acumulado a ascender a 2,5 biliões de dólares (cerca de dois biliões de euros).

Para o comissário europeu, o acordo poderá contribuir para o crescimento económico e para a criação de emprego, sendo a via comercial muito importante para o desenvolvimento que se pretende para todos os países.

A visita a Cabo Verde do comissário europeu acontece no âmbito da implementação da Parceria Especial e das relações entre ambos.

Além de encontros com as autoridades cabo-verdianas, durante dois dias Neven Mimica visitará projetos financiados pela União Europeia na ilha de Santiago, incluindo o aterro sanitário.

Fonte: LUSA

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