O PAICV diz estar na posse de dados que garantem que não vai chegar nenhum navio novo no dia quinze de outubro, como teria anunciado o Ministro dos Transportes Marítimos.
Esta conclusão surge depois de uma visita descentralizada ao círculo de São Vicente, nomeadamente a instituições ligadas ao mar, tribunal e sindicatos filiados na UNTC-CS.
Depois de reuniões com o administrador da CV Interilhas e com a Associação Cabo-verdiana dos Armadores da Marinha Mercante (ACAMM), o deputado João do Carmo declarou que no próximo dia 15 de outubro os cabo-verdianos vão poder ter a certeza de que “Cabo Verde está perante um governo não sério” e que está a “brincar com o povo”.
“Cada vez que nos encontrámos com os armadores da marinha mercante de São Vicente ganhamos mais convicção de que o processo do composto internacional do governo foi um processo viciado, que prejudicou claramente os armadores nacionais e toda a população de Cabo Verde” diz o deputado.
Neste sentido, João do Carmo pede aos cabo-verdianos que fiquem atentos aos próximos dias, pois, segundo ele, os problemas com os transportes marítimos vão persistir e com sinais de retrocesso.
“Neste momento há uma priorização para o transporte de passageiros. No entanto o transporte de cargas continua muito àquem daquilo que era o caderno de encargos. Há ilhas, como Sal e São Nicolau, onde as mercadorias não estão sendo transportadas” garante.
Para João do Carmo, Cabo Verde não estaria a enfrentar estes problemas se a concessão fosse dada aos armadores nacionais, acrescida de algum recurso financeiro.
O partido está agora à espera que seja apresentado o resultado da comissão de inquérito ao processo de concessão, no qual acredita que estarão as provas de que as coisas não correram bem. Depois, diz, a própria Procuradoria Geral da República poderá agir conforme as suas competências.
Durante a jornada descentralizada, o PAICV reuniu-se com diferentes sectores socias e económicos em São vicente e hoje estará na ilha de Santo Antão.
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