No seu discurso, Ulisses Correia e Silva falará dos desafios dos SIDS – Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, evidenciando as medidas tomadas, em Cabo Verde, para criação de resiliências, bem como os apoios necessários da comunidade internacional.
Na quarta-feira, durante a sua intervenção na Cimeira ODS 2019 da ONU, o chefe do governo defendeu que muitos países entre eles Cabo Verde, na condição de Pequeno Estado Insular, precisam de boas parcerias para implementar com “sucesso” a Agenda 2030 e transitar para país de renda alta.
“Cabo Verde quer transitar para país de renda alta. Não é nossa ambição ficar na condição de país de renda média. A responsabilidade primeira é nossa, mas a Parceria Global para o Desenvolvimento Sustentável pode desempenhar um papel muito importante no acesso ao financiamento externo,capacitação e tecnologia, essenciais para complementar o esforço nacional e para cumprir a Agenda de
2030”, sublinhou o Chefe do Governo, reiterando o seu comprometimento quanto a esse desiderato.
De acordo com Ulisses Correia e Silva, Cabo Verde aposta no crescimento económico robusto e inclusivo, impulsionado pelo investimento privado, nacional e estrangeiro como condição para a criação de oportunidades de emprego e de rendimento.
“Apostamos na territorialização dos ODS e no alcance das suas metas para não deixar ninguém para trás e nenhuma das suas ilhas para trás”, reiterou.
A estratégia de desenvolvimento é suportada na qualificação do capital humano, na defesa da dignidade da pessoa humana, na estabilidade, na confiança nas instituições, na boa governança e na posição geoestratégica do país no Atlântico Médio, valorizada do ponto de vista económico e securitário.
Por isso, o Primeiro Ministro acredita que há necessidade de traduzir as ambições em acções concretas por meio de parcerias significativas e transformadoras para não deixar ninguém para trás. Não obstante, ter reconhecido o comprometimento da Comunidade Internacional neste sentido.
“Quando, em 2015, a Comunidade Internacional se comprometeu a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, reconheceu a importância e a necessidade de ações ambiciosas para erradicar a pobreza e criar resiliência à degradação ambiental, mudanças climáticas e outros choques externos”, disse.
No entanto, acrescentou o Primeiro Ministro, o progresso que a nível geral fizemos na implementação da Agenda e na consecução dos ODS, não é suficiente. Enquanto comunidade das nações, não estamos no caminho certo para cumprir a promessa da Agenda 2030.
