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Turquia prende mais 74 oficiais das Forças Armadas suspeitos do golpe de 2016

O Ministério Público de Istambul ordenou, esta sexta-feira, 20, a detenção de 74 oficiais das Forças Armadas turcas por supostas ligações com o clérigo e activista Fethullah Gülen, acusado por Ancara de ter fomentado o fracassado golpe de Estado de 2016.

Segundo a Agência de Notícias estatal Anadolu, a operação policial foi iniciada, simultaneamente, na madrugada de hoje, em 30 províncias do País.

Como é habitual nestes casos, o Ministério Público considerou estas pessoas suspeitas por ter detectado o uso frequente de cabines telefónicas, alegadamente o método de comunicação preferido dos membros da rede Gülen, para evitar deixar vestígios.

Incursões deste tipo são frequentes desde o fracassado golpe de 2016 e mais de 17 mil militares já foram expulsos das Forças Armadas.

Também polícias e funcionários públicos, como juízes, procuradores, médicos, professores universitários e profissionais do ensino, foram demitidos sempre sob a acusação de fazer parte da rede de Gülen.

Mais de 130 mil funcionários públicos foram demitidos e cerca de 50 mil civis estão detidas.

Gülen foi um fiel aliado do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP) do Presidente Recep Tayyip Erdogan, até que ambos se enfrentaram numa dura luta pelo poder, em 2013.

As autoridades turcas acusam Gülen de ter fomentado a tentativa de golpe de 2016, mas o religioso nega categoricamente qualquer envolvimento.

Com Lusa

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