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Política

Campanha Agrícola: PAICV sustenta que Governo deveria ter em conta a eventualidade das pragas

O vice-presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV- Oposição), Rui Semedo, disse, quinta-feira, 19, que o Governo deveria ter preparado todos os recursos para fazer face ao combate das pragas.

Em declarações à Inforpress, na Cidade da Praia, Rui Semedo afirmou que a questão das pragas é “uma eventualidade que poderá acontecer a qualquer momento” e que, portanto, “no âmbito da preparação do Ano Agrícola, ainda antes das chuvas, o Governo deveria ter preparado todos os recursos para fazer face ao combate das pragas”.

“Não estavam todas as condições criadas, mas esperamos que, mesmo assim, o Governo aja rapidamente e consiga fazer face a essa situação que, digamos, prejudica, quebra as esperanças, desmotiva e desmobiliza os agricultores que já estavam esperançados, porque, mesmo que não chova tanta, já havia alguma esperança”, acrescentou.

Agora, entende Rui Semedo que o Executivo do Palácio da Várzea deve ter a capacidade de mobilizar a sociedade inteira e disponibilizar todos os meios necessários para fazer face às pragas, isto porque, conforme enfatizou, “os cabo-verdianos demoraram muito tempo à espera das chuvas”.

“Com fé e esperança, depositaram a semente à terra, as plantas começaram a nascer e se não se combater a praga seria uma grande machadada na esperança dos cabo-verdianos”, acrescentou.

Finalizando, o também líder do Grupo  Parlamentar do PAICV disse que o seu Partido faz votos e preces para que chova, para que as pragas sejam combatidas e para que haja ainda um Ano Agrícola que satisfaça as expectativas e esperanças dos camponeses.

O Governo declarou a situação da praga de gafanhotos que está a afectar a cultura em algumas ilhas do País como um caso de emergência.

Neste sentido, o Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA) anunciou o reforço da campanha de combate com o apoio dos militares.

O combate à praga com o reforço dos militares começou, quarta-feira, 19, na zona de Ribeirão Chiqueiro, no Concelho de São Domingos (na Ilha de Santiago), uma das zonas semi-áridas que começaram a ser afectadas logo após a queda das primeiras chuvas. Brava, São Nicolau e São Vicente são outras ilhas atingidas.

Na mesma Nota de Imprensa, a tutela explicou que durante um período de seca é frequente e natural a explosão de população de uma determinada praga, devido, essencialmente, ao desequilíbrio do eco-sistema frágil do meio rural de Cabo Verde.

Com Inforpress

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