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Política

Plateia quase vazia na apresentação do Conselho Consultivo da Juventude

Os jovens que irão integrar o Conselho Consultivo da Juventude vão reunir-se com o primeiro ministro, Ulisses Correia e Silva, a cada seis meses, em sessões ordinárias.
Nesse intervalo de tempo, o conselho deverá recolher subsídios nas respetivas ilhas, junto dos jovens, para melhor refletir aquilo que são as preocupações da juventude cabo-verdiana.
As informações foram avançadas ontem durante a apresentação desse Conselho na ilha do Monte Cara, apresentação essa que teve uma fraca adesão dos jovens da ilha, para quem é direcionada a iniciativa.
Fábio Duarte, um dos jovens que marcou presença, considera que existe hoje uma juventude diferente daquele que existia há duas décadas atrás, e que esta deverá adaptar-se aos desafios do mundo atual. Portanto, prossegue, a criação desde conselho irá trazer a oportunidade de ter voz junto dos decisores políticos e fazer chegar as suas preocupações às autoridades nacionais.
“Eu, enquanto jovem que ansiava por ver as suas preocupações representadas junto das entidades governamentais, fico bastante satisfeito com a criação deste conselho e tenho a esperança que será representativa de todos os jovens e aquilo que são as suas preocupações para o futuro.”
Neste sentido, o secretário adjunto junto do ministro, Carlos Monteiro, garante que o conselho será um espaço “seguro” para o fomento da criatividade dos jovens, para que estes possam participar, de forma ativa, no desenvolvimento do seu país.
Entretanto, realça, não basta “chegar e debater” com o primeiro ministro. Um conselho que, segundo este político, vai permitir ter jovens mais informados, com acesso a informação para partilhar com os jovens das ilhas que representarem e para melhor formular as suas posições.
“Este conselho consultivo vai permitir algo que é fundamental nos dias de hoje. Os jovens vão poder se colocar no papel de políticos ao indicarem em que sentido deve ir uma decisão, que não é tao fácil como vemos quando estamos do outro lado e que há aspetos a ponderar nessa tomada de decisão. Vai representar um ponto de viragem na relação entre os jovens e os decisores políticos.”
Segundo Ulisses Correa e Silva será ainda garantida a equidade e igualdade de género, para que meninas e meninos estejam bem representados para que seja possível ter uma visão muito mais abrangente daquilo que é a perspetiva dos jovens em relação as políticas públicas.
Ulisses Correia e Silva explica ainda que a opção por jovens sem filiação político-partidária servirá para criar um instrumento onde a preocupação central seja de facto, a juventude. “Em outras organizações a juventude partidária já está representada e já tem as suas associações políticas juvenis, com formas privilegiadas de comunicação a acesso à comunicação social.”
O primeiro ministro quer que este conselho seja a representação de uma nova atitude.
“As reivindicações são importantes para a democracia, mas precisamos trabalhar o outro lado, como momentos de reflexão, de propostas, de solução e de compromissos para quebrar a ideia de que quem está na política está em trincheiras”, explica.
O conselho será composto por vinte jovens, selecionados até o final de setembro, para um mandato de dois anos.
NA

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