O Ministério da Educação do Brasil lançou um Programa para reestruturar o financiamento do Ensino Superior Público, chamado “Future-se”, cujo objectivo principal será ampliar verbas privadas no Orçamento das universidades.
O MEC prevê investimentos no valor de 102,6 mil milhões de reais (24,1 mil milhões de euros) nas universidades federais do País, após a implantação de diversas acções de gestão e contribuições de fundos e doações.
Além disso, o Governo estimou que metade deste dinheiro viria da concessão de lotes e imóveis à iniciativa privada, que serão doados pelo Ministério da Economia.
Segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, não haverá cobrança de mensalidade nas universidades públicas nem privatização das instituições.
O secretário de Educação Superior, Arnaldo Barbosa de Lima Júnior, frisou na apresentação do Programa que “não é dinheiro que está faltando” para as universidades federais País, mas há um problema de gestão dos recursos.
O lançamento do Programa ocorre após um polémico contingenciamento do dinheiro que o Governo Central transfere às universidades federais públicas, anunciado no final do mês de Abril.
Houve a redução de 30 por cento (%) do dinheiro destinado a despesas discricionárias destas instituições de Ensino, que é usado para, por exemplo, o pagamento de luz, da água e de serviços de limpeza, iniciativa que causou mobilização e grandes protestos que levaram às ruas milhares de estudantes e professoras brasileiros.
Após várias polémicas, o Ministério frisou que antes de implementar o Programa “Future-se” fará uma consulta pública e que as universidades terão adesão voluntária.