O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, criticou, esta quarta-feira, 17, as queimadas descontroladas realizadas pelas comunidades nos arredores da Reserva Especial de Maputo, considerando que a prática ameaça os animais e o Ambiente.
“Há ciclones e há ventos que afectam o País precisamente porque nós andamos a queimar e a destruir árvores”, disse Filipe Nyusi – citado pela Lusa -, falando durante a apresentação do Programa: “Um Distrito, um Hospital”, na Província de Maputo.
As comunidades pobres de Matutuine, Distrito que alberga a Reserva Especial de Maputo, recorrem a queimadas descontroladas nas matas para caçar animais, uma estratégia que, associada à agricultura de subsistência, tem sido a base para a alimentação de várias famílias.
Para o Chefe de Estado, além de afugentar os animais daquela área de conservação, a prática coloca em risco o potencial turístico da Região.
“Nós temos de ter o sentido de pertença. Nós queremos desenvolver Matutuine. Não nos façam retroceder”, acrescentou Nyusi, lembrando que queimar áreas protegidas é “um crime”.
Ocupando uma área de mil e 40 quilómetros quadrados, a Reserva de Maputo foi estabelecida em 1960 e está localizada a 68 quilómetros do centro da Cidade de Maputo.
O Governo moçambicano e parceiros têm estado a implementar vários projectos para a restauração do balanço do eco-sistema nesta área, considerada um santuário da vida selvagem na parte fronteiriça entre Moçambique e África do Sul.