O Presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves, acusou de incitação a violência, o Presidente da UCID, António Monteiro e o Presidente da Comissão Política Regional de PAICV, Alcides Graça.
Estes dois representantes políticos haviam reagido à manifestação de 5 de julho, chamando a atenção do Governo para a possibilidade de uma manifestação violenta em São Vicente e do estado de “ebulição” em que a ilha se encontra.
Para Augusto Neves, tanto Graça como Monteiro estão a aproveitar de um momento de dificuldade para prejudicar e afundar a ilha.
“É uma vergonha o presidente da UCID e o Presidente da comissão política do PAICV em São Vicente, usarem a bengala Sokols para incitar a violência numa ilha pacata e de pessoas honestas e trabalhadoras”, afirma.
Se referindo ao movimento Sokols como “mascrinhas de ku pelod” e “eruditos de pê rapod” disfarçados, Augusto Neves pede ao grupo que retirem as suas mascaras e assumam “sem covardia” o seu partido político, no caso o PAICV.
“Pergunto onde estiveram metidos essas mascrinhas nos quinze anos de governação desastrosa do seu partido, em que conseguimos demostrar a população destas ilhas que o caminho era outro”, questiona Neves.
“Esses anarquistas de meia tijela que abandonaram esta terra porque não lhes servia e porque têm passaporte português, devem saber que existem outras formas de se comunicar com a população. Não através da violência, nem de pinturas nas paredes ou de panfletos, sujando esta cidade que é uma das mais limpas deste país.”
Não se reconhece nas críticas
Quanto à manifestação, Augusto Neves nega se reconhecer na críticas e demandas do povo que saiu as ruas no dia da Independência, justificando que a Câmara Municipal e o Governo têm feito o seu trabalho. “Eu não me preocupo com a manifestação porque eu sei do trabalho que o Governo e a CMSV está a fazer. Eu estou a espera que todos nós nos apresentemos no próximo ano, para ver que proposta a população aprova.”
O edil de São Vicente diz reconhecer na manifestação um acto da sociedade civil, considerando entretanto, se tartar de uma manifestação movida por razões meramente políticas.
Em momento de pré campanha eleitoral, Augusto Neves considera que o povo sabe a hora certa de julgar, portanto as coisas não devem ser precipitadas, até as eleições de 2020.
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