O antigo Presidente (PR) sul-africano Jacob Zuma, que hoje, 15, compareceu perante uma Comissão de Inquérito sobre corrupção durante os seus mandatos, denunciou o que considera ser uma “calúnia” e afirmou-se vítima de “assassínio” político.
“Fui caluniado, acusado de ser o ‘Rei dos Corruptos’. Chamaram-me toda a espécie de nomes”, disse Jacob Zuma, após a primeira audiência perante a Comissão.
Zuma deverá responder às acusações de que generalizou a corrupção na Administração Governamental quando foi Presidente da África do Sul (2009-2018).
“Nunca respondi. Penso que é importante que nos respeitemos”, acrescentou perante a Comissão, que está reunida em Joanesburgo.
Zacob Zuma sustentou que a Comissão foi criada “para que sejam encontradas coisas” contra si, afirmando-se vítima de “um assassínio deliberado” durante 20 anos e de “conspiração”.
Durante mais de um ano, a Comissão, presidida pelo vice-Presidente do Tribunal Constitucional, Raymond Zondo, ouviu dezenas de ministros, deputados, empresários e altos funcionários da Administração sobre os negócios considerados obscuros da era de Zuma no Poder.
O antigo Chefe de Estado, 77 anos, é suspeito de conceder, ilegalmente, contratos públicos lucrativos e benefícios indevidos a uma família de empresários indianos de quem é próximo: os Gupta.
Jacob Zuma foi pressionado a demitir-se em Fevereiro de 2018 e substituído pelo novo líder do Congresso Nacional Africano (ANC), no poder, Cyril Ramaphosa.
O ex-Chefe de Estado sempre negou qualquer envolvimento nestes negócios.