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Moçambique: Renamo apresenta candidatura de Ossufo Momade à PR 

A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da Oposição, apresentou no Conselho Constitucional (CC) a candidatura do seu líder, Ossufo Momade, à Presidência da República (PR), mas sem a presença do candidato, que se encontra na Serra da Gorongosa.

Em declarações à Comunicação Social, após a entrega da candidatura, o secretário-geral da Renamo, André Majibire, justificou a ausência de Ossufo Momade do acto com a necessidade de gerir o processo de paz e os assuntos do Partido, a partir da Serra da Gorongosa, onde está o “quartel-general” do braço armado da Organização.

“O presidente Ossufo Momade não veio por uma razão muito simples: neste momento está na Gorongosa a fazer o acompanhamento do diálogo do processo de paz e a dirigir a vida do partido”, declarou o secretário-geral – citado pela Lusa.

Apesar de a Lei moçambicana não exigir a presença do candidato à Eleição Presidencial, o costume é os concorrentes estarem no acto de apresentação, para saudarem os militantes e falarem à Imprensa.

Os candidatos da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Partido no Poder, Filipe Nyusi, actual Chefe de Estado, e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, estiveram presentes na apresentação das suas candidaturas.

No caso de Ossufo Momade, a expectativa em relação à sua ida, quarta-feira, 26, ao CC era maior, uma vez que a sua liderança é contestada por uma facção do braço armado da Renamo, que ameaçou matá-lo caso não se afaste da Direção do Partido e que assegurou que o mesmo se encontra sitiado na Serra da Gorongosa.

O secretário-geral da Renamo assinalou que o Partido está seguro na vitória do candidato Presidencial e da Organização política nas Eleições Gerais de 15 de Outubro.

“Estamos a trabalhar para que, no dia 15 de Outubro, se declare o nosso Presidente vencedor, porque queremos acabar com o sofrimento do povo”, frisou André Majibire.

Majibire considerou vergonhoso o Recenseamento Eleitoral, apontando o caso da Província de Gaza, Sul do País, que ganhou mais dez mandatos para a Assembleia da República (Parlamento), por ter ultrapassado a meta do número de registo de eleitores.

“O que aconteceu na Província de Gaza é ridículo, ninguém morre, ninguém viaja” durante o Recenseamento Eleitoral.

O secretário-geral da Renamo acusou o Secretário Técnico de Administração Eleitoral (STAE) de ter programado a manipulação do Recenseamento Eleitoral, para beneficiar a Frelimo, Partido no Poder.

O STAE, prosseguiu, reduziu o número de assentos nas províncias que tradicionalmente votam na Oposição, e aumentou nos círculos eleitorais favoráveis à Frelimo.

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