A Rede Angolana das Organizações de Serviços de Sida (ANASO), Organização Não-Governamental (ONG) com 25 anos de actividade, queixa-se da “não-atribuição do estatuto de instituição de utilidade pública”, afirmando ser um órgão de “indiscutível participação social”.
Numa mensagem do presidente da Mesa da Assembleia-Geral do Órgão, apresentada, quarta-feira, 26, pela sua presidente de Direcção, Teresa Cohen, na abertura de um Encontro Nacional da instituição, a ANASO lamentou que documentos com a pretensão de ascender àquele estatuto “continuem parados no Ministério da Justiça”.
“Apesar de estarmos a trabalhar há 25 anos e existirem outras organizações com menos tempo, menos influência social, menos intervenção e que já são instituições de utilidade pública, os nossos documentos continuam parados no Ministério da Justiça”, disse Cohen – citada pela Lusa.
Com mais de duas décadas de actividades voltadas para a prevenção e combate ao VIH/Sida, que em Angola afecta 310 mil pessoas, entre adultos, crianças e mulheres grávidas, a ONG revelou, igualmente, que não tem sede própria.
“Não temos sede própria, apesar de sermos o rosto visível na defesa dos direitos dos seropositivos, dando voz aos sem voz e nem sempre conseguimos das entidades públicas o suporte para realizar as actividades”, adiantou.
No Encontro que será, também, marcado pela realização de uma Assembleia de membros para a eleição dos novos Órgãos Sociais, a ANASO analisa o seu Relatório de Contas de 2018 e o seu Programa de Acção para o quadriénio 2019-2023.