No balanço dos encontros anuais do banco, com sede no Cairo, que decorreram em Moscovo, o presidente do conselho de administração, Benedict Oramah, referiu que as receitas aumentaram 24% (709 milhões de euros), com um aumento de 26% nos resultados líquidos (243 milhões de euros).

A administração decidiu pagar 61 milhões euros em dividendos aos acionistas, que incluem bancos centrais e multinacionais de origem africana, bem como países associados como a China e a Rússia.

O banco é a única instituição bancária privada africana, com capitais públicos, que é associada institucional da União Africana.

No final da reunião da administração, após a conclusão dos encontros no sábado, os acionistas decidiram manter a Nigéria à frente da instituição, reconduzindo Oramah como presidente do conselho de administração.

Os encontros que decorreram em Moscovo foram os segundos a realizarem-se fora do continente, depois de Pequim em 2012.

A Rússia elegeu 2019 como o ano das relações com África e o debate foi em torno da importância das parcerias num contexto de crescimento de movimentos protecionistas.

Moscovo acolheu até sábado os encontros anuais do Afreximbank depois de a Rússia ter entrado no lote de acionistas do banco em 2017 e num momento em que o Kremlin quer reforçar o comércio externo com África, um continente que tem assistido a uma presença crescente da China.

Três semanas depois de ter entrado em vigor o acordo de livre-comércio continental, que inclui 24 países, o Afreximbank discutiu a diminuição das barreiras alfandegárias no contexto global e apelou à abertura para combater o crescente nacionalismo.