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Política

Cabo Verde quer “melhorar as conectividades” com a Madeira e estimular a circulação

O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, afirmou sexta-feira, na Madeira, que é necessário “melhorar as conectividades” entre os dois arquipélagos, para assim estimular a circulação de pessoas e incentivar os investimentos económicos e culturais.
“Costuma-se dizer, e é verdade, as ilhas não existem sem conectividades. Precisamos de nos ligar ao mundo, precisamos de nos ligar entre nós, e os transportes, quer aéreos, quer marítimos, são fundamentais”, disse o governante, na abertura da Cimeira Cultural Madeira/Cabo Verde, que decorreu esta manhã na cidade de Machico, zona leste da ilha.
Ulisses Correia e Silva considera fundamental “melhorar as conectividades” e assim incentivar um “maior intercâmbio entre cidadãos”, aspecto que diz constituir também um “desafio muito forte” no espaço da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
“Quando falamos de mobilidade, falamos de circulação de pessoas, porque é através das pessoas que circula a ciência, circula o conhecimento, circula a investigação, a tecnologia, circula a economia”, disse.
O primeiro-ministro destacou, por outro lado, as boas relações económicas e os investimentos de empresários madeirenses em diversos sectores, afirmado que o executivo cabo-verdiano está “aberto, disponível e interessado” em promover ainda mais esse investimento.
A Cimeira Cultural Madeira/Cabo Verde foi organizada pelo Atlanticulture Center, uma agência cultural sedeada em Machico, e decorreu sobre o tema “Ponte Cultural Atlântica”, sendo o ponto alto o debate “Estratégia para a cultura 20/30”.
Para além do primeiro-ministro cabo-verdiano, participaram o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, e o ministro da Cultura e Indústrias Criativas de Cabo Verde, Abraão Vicente.
Miguel Albuquerque afirmou que as relações da região autónoma com aquele país estão “consolidadas”, ao nível institucional como ao nível empresarial, mas também apontou para a necessidade de “aprofundar a cooperação” na área da mobilidade aérea, marítima e digital.
“Os arquipélagos da Macaronésia são uma riqueza importantíssima para o mundo e designadamente para a Europa”, disse o presidente do governo, sublinhando que a dimensão arquipelágica das regiões europeias, em cooperação com Cabo Verde, “reforça a posição geopolítica da Europa”.
Os arquipélagos de Cabo Verde e da Madeira, em conjunto com o das Canárias e o dos Açores, formam a região da Macaronésia, uma área onde o Atlanticulture Center pretende promover e divulgar acções culturais.
Miguel Albuquerque destacou, por isso, a importância da cultura no progresso das sociedades, afirmando que “o valor acrescentado da economia no século XXI é a criatividade”.
Esta posição foi partilhada pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, para quem a questão orçamental “não pode constranger a criatividade”, porque é geradora de riqueza.
“Não é por acaso que em Cabo Verde criámos o ministério da Cultura e das Indústrias Criativas”, disse Ulisses Correia e Silva, indicando que foi uma “mensagem muito clara” para valorizar o sector.
Lusa

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