As equipas do CS Mindelense e da Oásis Atlântico medem forças, neste sábado (1), na final do Campeonato Nacional de futebol, que se joga na ilha do Sal. O Mindelense chega a final, após eliminar nas meias-finais o Onze Estrelas, enquanto que a Oásis eliminou a Ultramarina. Trata-se da sexta final para os encarnados, em sete anos. Por outro lado a equipa do Sal chega a esta fase pela primeira vez na sua história.
Dois meses após o seu arranque o Campeonato Nacional de futebol chega ao fim já no próximo sábado. Na final, que se vai jogar no Estádio Marcelo Leitão, na ilha do Sal, têm encontro marcado as equipas do Mindelense e da Oásis Atlântico. De um lado uma equipa comandada por Rui Leite, que nas lides do Nacional figura-se como um dos mais experientes. Do outro lado, o técnico Lúcio Antes, que alia a experiência ao facto de ser o primeiro técnico a conduzir Cabo Verde a uma CAN (2013). Os dois treinadores já trabalharam juntos na selecção de Cabo Verde entre 2016 e 2017.
O trajecto de qualquer uma das equipas na prova não foi fácil. O Mindelense calhou no grupo A, apontado como “o grupo da morte”. O sorteio ditou que os encarnados tivessem que partilhar o grupo com as equipas da Académica do Fogo, Académica do Porto Novo e Académica da Praia. Mesmo assim o Mindelense passou para as meias-finais no primeiro lugar desse grupo.
Uma vez nas meias-finais o sorteio pôs a formação do Onze Estrelas no caminho dos encarnados. Na primeira mão, disputada na ilha da Boa Vista, o marcador ditou um empate a duas bolas, dando assim uma ligeira vantagem ao Mindelense pelos golos obtidos fora.
Na segunda mão, disputada no último sábado no Municipal Adérito Sena, o Mindelense venceu por 3-1. A equipa da casa teve um arranque avassalador e aos 37 minutos já vencia por 2-0, com golos de Papalelê e Duck. Entretanto nos descontos da primeira parte, o Onze Estrelas reduziu por Maldini, colocando a defensiva do Mindelense em sentido. Na segunda parte Pibip, na conversão de um livre directo estabeleceu o resultado final do jogo em 3-1 e 5-3 na eliminatória.
Oásis com percurso de sonho
A Oásis Atlântico foi uma das equipas estreantes esta época no Campeonato Nacional de futebol. Calhou no grupo C, onde teve a companhia do Celtic Praia, Varandinha e Onze Estrelas. Destacou-se entre a concorrência e passou às meias-finais como primeiro classificado do grupo.
O destino pôs a experiente Ultramarina no seu caminho nas meias-finais, facto que que não arredou a equipa do Sal dos seus objectivos. Na primeira mão, que se jogou no Estádio Orlando Rodrigues, o resultado final foi uma igualdade a uma bola.
Na segunda mão disputada no último fim-de-semana voltou a repetir-se o mesmo resultado pelo que a decisão da eliminatória só foi possível com recurso as grandes penalidades. Da marca dos 11 metros, a equipa da casa foi mais forte, tendo convertido com sucesso sete penalidades, enquanto que a Ultramarina converteu seis.
Experiência vs irreverência
Em sete anos do Campeonato Nacional esta vai ser a sexta final para o Mindelense, a segunda consecutiva depois de ter falha a presença em 2017, derivado do “episódio das chaves”. Das vezes em que esteve na final nos últimos anos, só não venceu a de 2018, quando teve pela frente a Académica da Praia. Nas restantes ocasiões venceu a Académica do Porto Novo por duas vezes (2013 e 2016), venceu a Académica do Fogo (2014) e Derby (2015).
Se por um lado a equipa do Mindelense goza de alguma experiência na prova, a Oásis, aliada a experiência de alguns dos seus atletas, goza de alguma irreverência pelo seu percurso na prova. Veio da segunda divisão no Sal e conquistou o Regional local. No Nacional teve pela frente equipas com mais experiência na prova, mas mesmo assim sob superiorizar-se. Na final quererá dar seguimento ao sonho, ao assim como o Mindelense está motivado para a conquista do título no ano do seu centenário.
Futebol: Mindelense e Oásis medem forças na final do Nacional
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