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Guiné-Bissau: Empresas portuguesas gerem Electricidade e Águas

Um Consórcio constituído pelas empresas portuguesas Energias de Portugal (EDP), Águas de Portugal (ADP) e “Leadership Business Consulting” (LCBS) assumiu a a gestão e controlo da Empresa de Electricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB), num contrato de três anos, financiado pelo Banco Mundial.

Sexta-feira, 10, no acto da apresentação pública do Consórcio, integrado pela EDP, ADP e a LCBS – empresa internacional de consultoria de gestão e transformação digital de origem portuguesa -, o ministro da Energia bissau-guineense, Serifo Embalo – citado pela Lusa -, afirmou que a EAGB “espera mudanças radicais” na forma de trabalhar, na gestão e no relacionamento com os clientes.

Serifo Embaló disse estar tranquilo quanto aos resultados que vão ser alcançados no final do contrato, “tendo em conta a experiência e competência” das três empresas portuguesas seleccionadas, através de um concurso internacional.

O governante guineense apelou ao Consórcio português “para prestar mais atenção” às questões como qualificação do pessoal da EAGB, para que a seguir ao contrato tenha competências para assumir os destinos da Empresa, “com novos métodos de gestão” e melhoria do controlo dos serviços fornecidos.

“A EAGB não tem capacidade de controlar os clientes, perante o fornecimento de água e energia, a empresa não tem capacidade de fazer as leituras em tempo oportuno”, observou Serifo Embaló, apontando esse factor como razão para a crónica dificuldade de Tesouraria da Empresa.

Em representação do Consórcio português, Mário Pereira prometeu iniciar os trabalhos com “um diagnóstico profundo” sobre a realidade da EAGB, para depois propor um Plano de Acção a ser executado de forma faseada, numa perspectiva de longo prazo.

O Consórcio português vai disponibilizar 18 técnicos, entre peritos e especialistas qualificados para a materialização do Projecto, cujo contrato é financiado em 3,9 milhões de euros pelo Banco Mundial.

Relatórios do Banco Mundial e do próprio Governo guineense consideram que a EAGB está em falência técnica.

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