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República Islâmica do Irão celebra 40 anos nesta segunda-feira

A República Islâmica do Irão foi proclamada a 1 de Abril de 1979, faz 40 anos nesta segunda-feira, após uma Revolução que afastou o Xá Mohammad Reza Pahlavi, derrubando a Monarquia.

Debrucemo-nos, seguidamente, sobre os principais acontecimentos registados nestes 40 anos.

A Legislação passou a basear-se no Islamismo Xiita e os religiosos assumiram o controlo político do País sob a Direcção do Líder Supremo, na altura o “Ayatollah” Ruhollah Khomeini.

Debrucemo-nos, seguidamente, sobre os principais acontecimentos registados nestes 40 anos.

A 4 de Novembro de 1979, estudantes islamitas invadem a Embaixada dos Estados Unidos da América (EUA), em Teerão (a Capital) e fazem reféns 52 diplomatas, criticando a hospitalização do ex-Xá nos EUA e pedindo o seu regresso ao Irão. O sequestro dos reféns dura 444 dias.

Em Abril de 1980, 10 meses antes da libertação dos últimos reféns, Washington rompe as relações diplomáticas com Teerão, indica a agência France Presse.

A 22 de Setembro de 1980, o Iraque invade o vizinho Irão. A guerra dura oito anos, entrando um cessar-fogo em vigor em agosto de 1988. O conflito causou 680 mil mortos e desaparecidos (500 mil do lado iraniano e 180 mil do lado iraquiano).

Após a morte de Khomeini, em Junho de 1989, o “Ayatollah” Ali Khamenei, Presidente desde 1981, torna-se Líder Supremo.

Em Julho, Akbar Hachemi Rafsandjani é eleito Presidente e depois reeleito em 1993. Este conservador moderado lidera a reconstrução do País após a guerra com o Iraque e inicia uma política de abertura ao Ocidente.

A 23 de Maio de 1997, o reformador Mohammad Khatami é eleito triunfalmente Presidente, mas o seu mandato é marcado por tumultos e manifestações estudantis. Reeleito em 2001, Khatami passou oito anos a lutar contra a obstrução dos conservadores.

No início de 2002, o Presidente norte-americano George w. Bush classifica o Irão como um país do “eixo do mal”, ao lado do Iraque e da Coreia do Norte, acusando de querer “exportar o terrorismo” e ter armas de destruição em massa.

A 25 de Junho de 2005, Mahmud Ahmadinejad ganha as Presidenciais. O Irão retoma o seu Programa de Enriquecimento de Urânio.

Ahmadinejad multiplica as declarações, pondo em causa o Holocausto e apela a que Israel seja “varrido do mapa”.

Em Junho de 2009, a sua reeleição provoca um movimento de contestação em Teerão, que é violentamente reprimido.

A 15 de Junho de 2013, Hassan Rohani, partidário de uma abertura em relação ao Ocidente, é eleito Presidente.

Em Setembro, o Presidente dos EUA, Barack Obama, fala ao telefone com Rohani, um contacto sem precedente a este nível desde 1979.

A 14 de Julho de 2015 é assinado um Acordo sobre o Nuclear entre a República Islâmica e os 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança – EUA, Reino Unido, França, Rússia e China –mais a Alemanha) que encerra 12 anos de litígio. Garante o carácter civil do Programa iraniano em troca do levantamento das pesadas sanções internacionais.

Reforçado pelo Acordo que lhe permite voltar ao panorama internacional, o Irão passa a ter um papel importante no conflito na Síria, como principal aliado do regime de Damasco, ao lado da Rússia.

No início de Janeiro de 2016, a Sunita Arábia Saudita e os seus aliados cortam ou reduzem as relações diplomáticas com o Irão, após uma crise desencadeada pela execução por Riade de um dignitário xiita (como a maioria dos iranianos).

Aqueles países acusam o Irão de ingerência nos assuntos dos Países Árabes e de atear os conflitos, nomeadamente, na Síria e no Iémen, onde Teerão apoia os rebeldes Huthis.

A 19 de Maio de 2017 Rohani é reeleito com o apoio dos reformadores.

Entre 28 de Dezembro desse ano e 1 de Janeiro de 2018, dezenas de cidades são agitadas por distúrbios – que causam pelo menos 25 mortos -, à margem de manifestações não autorizadas contra a situação económica e social e contra o poder.

A 8 de Maio de 2018, o Presidente norte-americano, Donald Trump, anuncia a retirada dos Estados Unidos do Acordo Nuclear assinado em 2015 e o restabelecimento das sanções contra Teerão – um primeiro pacote em Agosto e as restantes em Novembro -, que afectam, particularmente, os sectores petrolífero e financeiro iranianos.

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