O presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, surpreendeu nesta sexta-feira, 22, ao cancelar sanções contra a Coreia do Norte, recém-impostas pelo Departamento do Tesouro, informaram os jornais “The New York Times” e “The Washington Post”. A decisão foi conhecida em mensagem postada pelo norte-americano no “Twitter”.
“Foi anunciado hoje pelo Tesouro dos Estados Unidos que uma grande escala de sanções seria adicionada às que já existem sobre a Coreia do Norte. Eu ordenei hoje a retirada dessas sanções adicionais”, escreveu o presidente americano, sem explicar as razões de tal mudança.
As sanções mais recentes sobre Pyongyang atingiram, directamente, duas companhias de transporte marítimo chinesas – a Dalian Haibo e a Liaoning Danxing – que haviam ajudado o país a driblar as demais restrições impostas pelas Nações Unidas. Seriam as primeiras deste ano e haviam sido anunciadas menos de um mês depois do fracasso do segundo encontro de Trump com o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, em Hanoi.
Segundo o “Post”, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, explicou a mudança pelo facto de “Trump gostar do presidente Kim” e “não considerar essas sanções necessárias”.
A frustração da reunião de Hanói a ainda ecoa na Casa Branca como prenúncio de fracasso total da principal aposta da Política Externa do governo de Trump. As conversas terminaram abruptamente, ao se constatar que nenhum dos lados cedia: o americano se recusava a aliviar as sanções sobre Pyongyang, sob o argumento de que não se verificara real desmantelamento da sua estrutura nuclear, e o norte-coreano não tivera resposta a seu pedido para os Estados Unidos acabarem também com a ameaça atômica nas vizinhanças da Coreia do Norte.
Na semana passada, segundo o “Times”, o secretário de Estado, Mike Pompeo, afirmou que, apesar de não ter saído um acordo em Hanói, houve progresso. “Não conseguimos um acordo para a desnuclearização total e final, de maneira verificável. Este é um longo processo”, conclui Pompeo.
Fonte: veja.com.br