Dezenas de escolas estão fechadas, esta quinta-feira, 21, em todo o País, devido à greve do pessoal não-docente, disse o sindicalista Artur Sequeira, lembrando que a solução para o sector passa por concursos para novas contratações e integração de precários.
Os funcionários das escolas vão estar em greve hoje e sexta-feira, 22, num protesto convocado pela CGTP (Confederação-Geral dos Trabalhadores Portugueses), para exigir aumentos salariais, integração nos quadros e a criação de uma carreira específica.
Em declarações à Agência Lusa, o dirigente sindical Artur Sequeira, da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FSTFPS), afecta à CGTP, adiantou que há muitas escolas de portas fechadas em todo o País, “para demonstrar o descontentamento dos trabalhadores.
De acordo com Sequeira, são vários os problemas que afectam o sector e a “solução” apontada pelo Governo “não vai ter impacto na vida das escolas”.
“O Ministério da Educação anunciou mais mil vagas para assistentes operacionais, que não vão resolver o problema porque a este concurso vão concorrer os trabalhadores com vínculo precário, ou seja, estes podem ocupar as cerca de mil vagas prometidas pelo ministério da Educação”, salientou.
No entendimento de Artur Sequeira, a solução para o problema passa por integrar os precários e, por outro lado, abrir vagas para novos trabalhadores.
Os sindicatos exigem a abertura de concurso para, no “mínimo”, três mil e 67 trabalhadores, garantindo a entrada de mil e 67 novos e de dois mil e 500 que já estão em funções.
Segundo o dirigente da FSTFPS, a Portaria que define os rácios de funcionários por escola está a ser cumprida com recurso a “tempos parciais”.
A 21 de Fevereiro, o Ministério da Educação adiantou que iria contratar mais mil funcionários para as escolas, com contratos por tempo indeterminado, de efetividade na FunçãoPública, e criar uma bolsa que permita aos diretores substituir os trabalhadores em baixa médica.
Já no início de Março, a Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) divulgou os resultados de um inquérito realizado nas escolas sobre assistentes operacionais e assistentes técnicos, os quais revelaram que um em cada dez funcionários escolares está de baixa médica.