A Cruz Vermelha Portuguesa disponibilizou já cinco mil euros euros do Fundo de Emergência destinado a catástrofes e está a recolher donativos para as respostas humanitárias da congénere moçambicana na Beira, centro de Moçambique, após a passagem do ciclone Idai.
Em “apelo de emergência” inserido na sua página oficial, a Cruz Vermelha Portuguesa informa que comunicou já à sua congénere “a disponibilidade para apoiar as respostas humanitárias” e pediu “à comunidade para contribuir através de donativos para o seu Fundo de Emergência”.
A Cruz Vermelha Portuguesa refere que, “pelo menos, 150 pessoas morreram, centenas estão desaparecidas e dezenas de milhar isoladas”.
A cidade da Beira, capital da Província de Sofala, “foi a mais afectada”, estando “parcialmente destruída, continua sem electricidade e as comunicações são limitadas, o que está a dificultar as operações de socorro”.
Também a LAM – Linhas Aéreas de Moçambique lançou uma campanha solidária de recolha de bens de primeira necessidade para apoiar as vítimas do ciclone Idai.
Os bens podem ser também entregues na sede da LAM, em Maputo, e o transporte dos artigos será feito, diariamente, nos aviões da Companhia de modo gratuito, para que sejam entregues ao Instituto Nacional de Gestão de Calamidade (INGC).
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse, segunda-feira, 18, que o número de mortes devido ao ciclone Idai, no centro de Moçambique, poderá ultrapassar as mil, assinalando que “o País vive um verdadeiro desastre humanitário de grandes proporções”.
O chefe de Estado moçambicano acrescentou que mais de cem mil pessoas da região correm perigo de vida, assinalando ainda ter visto corpos a flutuarem, durante o sobrevôo de helicóptero que fez no domingo na zona.
Nyusi referiu, ainda, o corte de vários troços da Estrada Nacional Número 6, provocando o isolamento dos distritos de Búzi, Chibabava e Muanza, na Província de Sofala, e do Distrito de Mossurize e do posto administrativo de Dombe, na Província de Manica.