A União Cabo-verdiana Independente Democrática (UICD) exortou, no sábado (16), o Governo a criar as “mínimas condições”, sobretudo infra-estruturais , para que os pescadores de Ribeira da Barca e Rincão, em Santa Catarina, possam desenvolver as suas actividades.
“Nós entendemos que o Governo deve rapidamente analisar a situação que as pessoas [os pescadores de Rincão e Ribeira da Barca] estão a viver e dar-lhes as mínimas condições infra-estruturais para poderem desenvolver as suas actividades e também poderem ter uma vida mais digna, porque são pessoas que trabalham muito, esforçam-se em demasia para podermos ter o peixe à nossa mesa e melhorarmos a nossa dieta alimentar”, lançou o presidente da UCID, António Monteiro.
O líder da UCID, que falava à imprensa em jeito de balanço da visita realizada hoje ao concelho de Santa Catarina, interior de Santiago, que contemplou, sobretudo, essas duas vilas piscatórias, lamentou, por outro lado, o facto desses homens do mar estarem entregues às sua sorte.
Ou seja, ajuntou, esta situação do ponto de vista dos democratas-cristãos não tem ajudado muito, tendo em conta em dois anos de seca consecutivo era necessário dar-lhes um “pouco mais de atenção”.
Arrastadores, lugar para armazenamento dos pescados, são algumas das dificuldades dos pescadores da vila piscatória de Rincão.
Relativamente à Ribeira da Barca, considerou a situação de “um pouco mais complicada”, lembrando que, não obstante, a UCID ter batido diversas vezes na “mesma tecla” por dificuldades que os populares enfrentam, mormente um porto de pesca, selagem da lixeira municipal e falta de água, assegurou que tais problemas mantêm-se.
Sobre o porto de pesca que a população tanto anseia, a UCID diz não entender o porque até hoje, ou seja, desde a legislatura anterior a esta parte, o Governo não ter conseguido responder satisfatoriamente a este anseio da população, sobretudo dos jovens que estão ligados a actividades do mar.
Entretanto, pediu ao Governo que invista em formações profissionais para que os pescadores dessas duas vilas piscatórias possam fazer uma pesca “amiga do ambiente” e que perspective ao longo do tempo a garantia de continuarem a pescar.
Além dos pescadores, a UCID reuniu–se com as comunidades intermédias, mormente as da Ribeira Grande e Chã de Tanque, na ida ao Rincão, e as da Ribeira da Barca, onde o emprego e formação profissional são “tónicas dominantes”, por isso pediu ao Governo que dê “mais atenção” às pessoas que vivem nessas zonas intermédias para que possam ter realmente o sustento para as famílias.
A visita, em que o líder esteve acompanhado dos vice-presidentes João Santos Luís e Dora Pires e ainda da direcção do partido local, que vai, igualmente, realizar este domingo aos bairros do município da Praia, visa constatar a situação socioeconómica das famílias, cujos problemas vão ser levados ao Parlamento.
Fonte: Inforpress