Um avião da Ethiopian Airlines caiu com 149 passageiros e oito membros da tripulação. A queda do avião já foi confirmada por um porta-voz da companhia. O aparelho despenhou-se seis minutos após a descolagem perto da cidade de Bishoftu, a 62 quilómetros de Addis Abeba, capital etíope. O voo tinha como destino Nairobi, no Quénia.
O aparelho era um Boeing 737-800 e o acidente ocorreu este domingo às 8h44 da manhã, hora local.
A notícia foi avançada pelo primeiro-ministro da Etiópia no Twitter, onde expressou condolências às famílias das vítimas.
“O gabinete do primeiro-ministro, em nome do Governo e dos cidadãos da Etiópia, gostaria de expressar as mais profundas condolências às famílias daqueles que perderam os seus entes queridos no Being 737 da Ethiopian Airlines num voo regular para Nairobi, Quénia, esta manhã”, disse o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed Ali.
De acordo com a Ethiopian Airlines, o voo ET 302 despenhou-se junto à cidade de Bishoftu. “As operações de busca e salvamento estão em curso e não temos informações confirmadas acerca de sobreviventes ou de possíveis vítimas mortais”, disse a companhia aérea num comunicado divulgado nesta manhã.
O aparelho que caiu na Etiópia é um modelo novo da Boeing, 737-800 MAX que tinha chegado à companhia há poucos meses. Um avião do mesmo modelo despenhou-se em outubro do ano passado no mar de Java num voo da companhia low-cost da Indonésia Lion Air. Foi o primeiro acidente com este novo modelo que é uma versão atualizada do Boeing 737. O relatório preliminar deste acidente apontou para um problema no controlo do sistema automático de segurança que forçou o aparelho a baixar. A queda deste avião provocou a morte de 189 pessoas.
O novo avião foi lançado em 2016. A Boeing já afirmou que está a acompanhar a situação com grande atenção.
“Funcionários da Ethiopian Airlines vão ser enviados para o local do acidente e farão todos os possíveis para apoiar os serviços de emergência. Acredita-se que estavam 149 passageiros e 8 membros da tripulação a bordo do avião, mas estamos neste momento a confirmar o manifesto dos passageiros do voo”, acrescentou a companhia aérea.
Entretanto, a companhia aérea já disponibilizou um conjunto de números de telefone de emergência para prestar informações a familiares e amigos das pessoas que estavam a bordo do avião.
Como recorda a BBC, a Ethiopian Airlines é conhecida por ter uma boa reputação no que toca às questões de segurança, embora tenha já registado alguns acidentes graves. O último aconteceu em 2010, quando um avião daquela companhia aérea caiu no Mar Mediterrâneo após partir de Beirute, no Líbano. Morreram 90 pessoas.
O maior acidente a envolver um avião da Ethiopian Airlines aconteceu em novembro de 1996, também na rota Addis Ababa-Naiorobi, mas daquela vez na sequência de um sequestro aéreo. Os pilotos ainda lutaram para aterrar em segurança no Oceano Índico, mas o avião acabaria por embater num recife de coral e morreram 123 das 175 pessoas que seguiam a bordo, lembra ainda a BBC.
A Ethiopian Airlines é detida pelo Estado etíope e é uma das maiores companhias aéreas do continente africano. De acordo com a Reuters, números divulgados pela própria empresa davam conta de que em 2018 a companhia aérea transportou 10,6 milhões de passageiros.
Observador