A Primeira-Ministra (PM) britânica, Theresa May, anunciou uma Cimeira para discutir uma estratégia de combate ao aumento da criminalidade com armas brancas no Reino Unido, perante críticas do líder trabalhista, Jeremy Corbyn, da falta de financiamento e agentes.
A Cimeira, a realizar-se, nos próximos dias, na Residência Oficial, em “Downing Street”, vai reunir ministros, líderes comunitários e outras entidades, disse May, que prometeu encontrar-se com vítimas dos crimes “e explorar o que mais podemos fazer a sociedade como um todo para enfrentar este problema”.
O anúncio foi feito após a morte, no fim de semana, de Jodie Chesney, em Londres, e Yousef Makki, em Manchester, ambos de 17 anos, perfazendo dez o número de adolescentes assassinados desde o início do ano, por esfaqueamento.
“A morte de qualquer pessoa devido um ato de violência é uma tragédia terrível. Um número crescente de jovens perdeu suas vidas num ciclo de violência sem sentido”, lamentou May, numa declaração aos deputados, na abertura do debate semanal.
Porém, o líder da oposição, Jeremy Corbyn, questionou a falta de financiamento adicional necessário para as forças de segurança e para combater as origens da criminalidade.
“O problema é que o crime violento duplicou e o aumento foi impulsionado pela austeridade. A Polícia reconhece o vínculo, mesmo que a PM não o faça, e a privatização dos serviços de liberdade condicional foi um desastre. Os Serviços de Saúde Mental têm poucos recursos e os serviços para jovens estão em crise”, criticou.
Depois de uma década em queda, os crimes com armas brancas estão a aumentar no Reino Unido, tendo-se registado 285 homicídios desde 1 de Abril de 2017, a 31 de Março de 2018, em Inglaterra e País de Gales, dos quais 25 por cento (%) das vítimas eram jovens com idades entre 18 e 24 anos.
Apesar das legais restrições à compra de facas, estas foram as armas mais usadas em homicídios em 2018 no Reino Unido, 40% do total, contra 4% causados por armas de fogo.
