O primeiro a tomar conta da Avenida foi o grupo do Palmarejo “Samba Jó” que com cerca de 450 foliões, oito alas e um carro alegórico, fez uma “Uma Viagem ao Brasil” deixando o público “de boca aberta”.
Depois entrou na avenida o Vindos do Mar com o tema “Cabo-Verde em seis momentos”, em que com seis alas e dois carros alegóricos, representou a cultura cabo-verdiana, seguida do grupo Maravilhas do Infinito que brilhou na avenida com o “tesouro do infinito, a rota das especiarias”, muito aplaudido pelo público. O grupo desfilou com duas alegorias e sete alas representadas por cerca de 300 figurantes.
O quarto a desfilar foi o Vindos d’África com o tema “diversidade cultural Cabo Verde-China” que pelos vistos levou para a avenida o maior número de fãs que receberam e despediram do grupo com muitos aplausos. Além de ter apostado na luz, o grupo teve representação de chineses entre os cabo-verdianos, formando assim cerca de 400 foliões divididos em nove alas acompanhadas por um carro alegórico.
Por volta das 20 horas, foi a vez do desfile do último grupo, o Bloco Abel Djassi, com o tema “história de Cabo Verde no cruzamento de identidades culturais”, que apesar da técnica “fogo pela boca” não muito comum nos carnavais em Cabo Verde, ficou marcado pelos atrasos que levaram a maioria a abandonarem o lugar antes do seu desfile.
Dos que ficaram, apesar do problema com o som que obrigou o grupo a seguir pela avenida apenas com a batucada, acharam “criativo” algumas técnicas do grupo que levou três alegorias.
O público que esteve atento a tudo o que passou na avenida Cidade de Lisboa, deu nota positivo à organização, sobretudo pela segurança e parabenizaram os foliões que brincaram ao carnaval com civismo.
“Acho que o carnaval correu bem, além dos atrasos. Os grupos estiveram bem e foi uma boa iniciativa os organizadores apostarem na segurança para garantir o civismo. Sabemos que em dias como hoje os delinquentes aproveitam a aglomeração para assaltar as pessoas.”, diz Carla Semedo.
Também Manuel António que assiste pela primeira vez o desfile de carnaval na Praia disse que gostou muito do que viu. “Eu confesso que quando decidi acompanhar a minha esposa e assistir ao desfile, não tinha a ideia de que ficaria até ao fim. Mas acabei por ficar e até agora tudo está a correr bem”, diz Manuel para quem o público esteve focado nos desfiles que apostaram “um pouco” na “nudez” que “segurou” o público por um bom tempo.
