A China pediu ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações unidas) que reconsidere as sanções impostas a Pyongyang, para que avancem as negociações de desnuclearização da Coreia do Norte, após o falhanço da cimeira entre norte-coreanos e Estados Unidos da América (EUA).
“A China acredita que, de acordo com as resoluções pertinentes e os progressos realizados na Península, especialmente as medidas oferecidas pela Coreia do Norte para a desnuclearização, o Conselho de Segurança deve considerar e discutir a disposição do Conselho para modificar as sanções”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Lu Kang.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, participaram numa reunião realizada entre quarta e quinta-feira, em Hanói (Capital do Vietname), sobre a desnuclearização da Península coreana e outros temas.
De acordo com as explicações dadas por Trump e pelo seu secretário de Estado, Mike Pompeo, o fracasso da Cimeira aconteceu porque o líder norte-coreano ofereceu desmantelar o Centro de Investigação Nuclear em Yongbyon, que produz o combustível para bombas atómicas, em troca de um levantamento total das sanções.
De acordo com a Agência de Notícias Sul-Corena (Yonhap), por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte, Ri Yong-ho, contradisse esta versão norte-americana durante uma conferência de Imprensa, ao garantir que Kim só pediu que Washington levantasse “parte das sanções” que afectam a sua Economia, em troca de desmantelar Yongbyon.
A esse respeito, o porta-voz chinês pediu às partes envolvidas que abordem essa questão “de maneira responsável” e façam esforços-conjuntos para chegar a um Acordo.
A China, maior parceiro comercial da Coreia do Norte e tradicionalmente o seu principal apoio político, adoptou nos últimos meses as duras sanções contra Pyongyang aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU, para pressionar o regime norte-coreano a travar os seus programas de desenvolvimento de armas nuclear e mísseis.
Sobre as informações que apontam para uma possível visita de Kim à China – durante sua viagem de volta do Vietname para a Coreia do Norte no seu comboio blindado -, para se reunir com o Presidente chinês, Xi Jinping, e informá-lo sobre os resultados da sua reunião com Trump, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês rejeitou, novamente, falar sobre o assunto.