O Primeiro-Ministro do Paquistão, Imran Khan, renovou a sua proposta de “negociações” com a Índia numa altura de escalada do conflito entre os dois países sobre a disputada região de Caxemira.
“Convido mais uma vez a Índia para a mesa das negociações. Estamos prontos para todo o diálogo sobre o terrorismo ou qualquer outra questão”, declarou Khan num breve discurso transmitido na Televisão.
Os acontecimentos na Região precipitaram-se depois de as Forças Armadas indianas assegurarem, na terça-feira, que realizaram um ataque aéreo contra um campo de treino do grupo islâmico Jaish-e-Mohammed (JeM), que tinha reivindicado um atentado suicida na Caxemira indiana, que matou, pelo menos, 40 para-militares indianos a 14 de Fevereiro.
Islamabad denunciou, imediatamente, uma “agressão inoportuna” e prometeu responder “na hora e local” que escolhesse.
As Forças Armadas paquistanesas afirmam terem abatido dois aviões indianos no espaço aéreo do Paquistão e detido dois pilotos indianos, um dos quais terá sido hospitalizado.
Nova Deli anunciou, por seu turno, ter abatido um avião paquistanês em Caxemira e ter perdido “um Mig-21”, cujo piloto está “desaparecido em combate”.
A subida de tensão preocupa a comunidade internacional que receia um conflito aberto entre os “dois irmãos” inimigos da Ásia do Sul sobre a questão de Caxemira, um ponto de discórdia desde a partição do império colonial britânico e da criação dos dois países em 1947.