O jovem cantor, Bangstar, está preparando o seu primeiro álbum a solo, intitulado “Carpe Diem”. Trata-se de um trabalho que compreende 17 faixas musicais, sob o rótulo da sua produtora Alpina Records. Neste seu álbum de estreia a solo, Bangstar, conta com a colaboração de conhecidos cantores cabo-verdianos e explora algumas temáticas bastante actuais, como a pedofilia.
Dois anos depois de ter lançado o EP “Reborn” e o mixtape “Ella” (este último em parceria com Simon), Bangstar volta a carga, agora com o seu álbum de estreia a solo. O álbum “Carpe diem” remete a ideia de aproveitar ou viver o dia de hoje, segundo este jovem de 23 anos. Neste momento Bangstar ultima os detalhes para que já daqui a um mês o álbum seja lançado nas plataformas digitais.
“Há mais ou menos uns dois anos que eu parei para poder vir produzir o meu álbum. Depois que lancei um mixtape e um EP, fiz um interrégno para trabalhar no meu estúdio Alpina Records, preparando este álbum”, diz Bangstar.
O álbum foi precedido de um vídeo-clipe lançado no passado dia 4 de Fevereiro, intitulado de “Mood”. “É uma espécie de anúncio ao álbum”, acrescenta.
“Mood” é uma das 16 faixas com as quais Bangstar compõe o seu álbum. Desta feita o jovem aumenta a fasquia, afirmando que pretende que o álbum seja o mais repleto possível de qualidade. Para tal garante estar a encarar este desafio com um elevado sentido de seriedade e responsabilidade. “Quero que seja uma catapulta para lugares onde ainda nem imagino chegar”.
Ao longo das 16 faixas, Bangstar conta com a colaboração de renomados artistas/ intérpretes cabo-verdianos, sobretudos dos estilos Rnb e hip hop. Kiddye Bonz, Indzaiz (G-rappers) Djarilene Paris e Elly Paris são alguns dos nomes.
Temas variados
O tema “Mood” que fica sendo conhecido do público já no início da próxima semana é apenas uma das diversidades que Bangstar explora neste seu álbum. A captação e produção do vídeo-clipe é um trabalho da Art Screen Filmes.
O tema,“Nádia”, a par do “Edson”, é um dos mais marcantes deste álbum. “É uma parceria com o rapper Indzaiz e retrata o drama de um jovem que se deixa encantar por um rapaz, que a engravida e depois some, isto tudo numa sociedade bastante conservadora”.
Na música “Edson”, o jovem fala sobre a pedofilia de uma maneira diferente. Bangstar canta na primeira pessoa, vestindo a pele de uma jovem que foi abusada.
“Junto com a Elly Paris trago a música “Kriola”, que é um tributo as mulheres cabo-verdianas. Penso lançar o videoclipe desta música”, adianta.
Dois anos de interrégno
Aos 23 anos de idade, este já é o terceiro grande projecto em que Bangstar embarca. Depois de um início no grupo 100% escuro e uma curta passagem pela editora Madcity, o jovem viria a lançar o seu primeiro EP em 2015, intitulado de “Reborn”.
“Posteriormente, porque estava sempre no estúdio juntamente com um outro colega, o Simon, que é também da Alpina Records, juntamos umas faixas e lançamos um mixtape intitulado ‘Ella’ “, recorda.
Entretanto a caminhada até aqui não foi fácil, sobretudo porque qualquer trabalho a ser lançar implica algum apoio, o calcanhar de Aquiles. “Tentas gravar e não tens como, ou mesmo o produtor fica naquela de brincadeira. Os atrasos. Fazer um vídeo é muito caro, sem falar no instrumental. Não é a atoa que muita gente recorre a internet para conseguir fazer um instrumental”.
Possuindo a sua própria produtora há já dois anos, Bangstar, reconhece que foi uma das apostas para deambular as várias contrariedades da carreira, mas também auxiliar que está começando no mundo da música.