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ONU: 3,4 milhões saíram da Venezuela desde o início da crise

Perto de 3,4 milhões de pessoas já deixaram a Venezuela desde o início da actual crise política e económica no país e, só em 2018, cinco mil venezuelanos saíram por dia.

Numa declaração-conjunta, o Escritório do Alto Comissariado para os Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) revelaram que cerca de 2,7 milhões de venezuelanos procuraram refúgio em países vizinhos, incluindo Colômbia, Peru e Brasil, e o resto partiu para fora da América Latina.

Em média, em 2018, cinco mil pessoas deixaram a Venezuela todos os dias.

Com base nestes dados, em Dezembro, a ONU declarou calcular que o número de saídas chegue a 5,3 milhões até ao final deste ano.

A Colômbia abriga 1,1 milhão de refugiados e migrantes venezuelanos, seguida pelo Perú com 506 mil pessoas, 288 mil no Chile, 221 mil no Equador, 130 mil na Argentina e 96 mil no Brasil.

 Entretanto, estes números sublinham as limitações das comunidades de acolhimento e a necessidade permanente de apoio da comunidade internacional”, disse Eduardo Stein, representante especial do ACNUR e da OIM para os refugiados e migrantes da Venezuela.

Em 2016, a população da Venezuela era de aproximadamente 31,7 milhões de habitantes.

O êxodo de venezuelanos, que fogem desta situação económica desastrosa, é considerado pela ONU como o maior deslocamento de pessoas na História recente da América Latina.

A Venezuela tem as maiores reservas de petróleo do mundo, mas é sufocada por uma profunda crise económica e está sob sanção económica dos Estados Unidos da América (EUA).

A crise política na Venezuela agravou-se a 23 de Janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional (Parlamento), Juan Guaidó, se auto-proclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.

Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013 denunciou a iniciativa do Presidente do Parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos EUA.

Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um Governo de Transição e organizar Eleições Livres.

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