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Ministra da Cultura sueca acusada de apropriação cultural por usar rastas

A nova ministra da Cultura e da Democracia da Suécia, Amanda Lind, de 38 anos, líder do Os Verdes, está a ser criticada por usar rastas – foi acusada de apropriação cultural.

A polémica começou quando foi partilhada a fotografia oficial do governo composto por uma aliança política nunca tentada no país: junta a esquerda e a direita, uma solução encontrada para evitar a entrada da extrema-direita no governo. Entre os 23 ministros, 11 são mulheres.

As atenções recaíram rapidamente sobre Amanda Lind. Rebecca Weidmo Uvell, política de direita, escreveu no Twitter: “Como ministra, não te representas a ti, mas à Suécia. Sobretudo num contexto internacional. E eu não acho que se deva usar tal penteado”.

Numa rádio sueca, Amanda Lind justificou-se. Considera que a apropriação cultural é um “tema de discussão importante”, mas que não pretende mudar de penteado pois, explicou, respeita toda a gente. Disse que usa o mesmo penteado há 20 anos e explicou que quer continuar “a mostrar respeito, mesmo para com aqueles que acham que é um erro” uma pessoa não africana usar rastas.

Segundo o jornal francês Le Monde, Amanda Lind já foi criticada por homenagear ex-ministros do seu partido, nomeadamente Mehmet Kaplan, responsável pela pasta da habitação e desenvolvimento urbano, que foi forçado a demitir-se em 2016 depois de comparar israelitas a nazis e de ter aparecido ao lado de ultranacionalistas turcos. A ministra admitiu já ter fumado cannabis, um crime considerado grave na Suécia. Contudo, as críticas são mais veementes quando o cabelo é assunto.

Em Janeiro, o Parlamento sueco concedeu mais um mandato de primeiro-ministro ao social-democrata Stefan Lofven, depois de quatro meses de negociações e impasses após as eleições de Setembro. Lofven formou governo com um acordo histórico com o Partido Popular Liberal (centro-direita), com os Verdes (centro-esquerda) e com o Partido do Centro (centro direita). Nas eleições de Setembro, a extrema-direita teve 18% dos votos e elegeu 62 deputados.

Fonte:Público

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