A Polícia Judiciária garante que está a aguardar pelo relatório da autópsia para esclarecer as “causas prováveis” da morte do tripulante a bordo do navio surpreendido na semana passado com 9.570 Kg de cocaína, no porto da Praia.
Segundo avança a Inforpress, só depois da autópsia será possível saber o que esteve por detrás do 12º tripulante do navio ESER com tripulação russa a bordo.
Recorde-se que o navio foi detido quinta-feira,31, na capital depois de atracar de emergência, devido ao óbito de um dos tripulantes para procedimentos legais.
A apreensão deveu-se a uma parceria com a Interpol que alertou a PJ cabo-verdiana para as suspeitas do navio conter droga a bordo.
O navio de bandeira panamense tinha, de facto, 260 fardos, equivalentes a 9.570 kg de cocaína.
Foram então detidos 11 cidadãos, todos de nacionalidade russa, que depois de presentes às autoridades judiciárias no sábado,2, ficaram em prisão preventiva.
O cargueiro vinha da América do Sul, mais concretamente do Panama e tinha como destino Tanger, Marrocos.
As cerca de 9,5 toneladas de cocaína acabaram por ser queimadas, em 48h, no sábado, 2, a céu aberto, na lixeira da Praia.
A queima aconteceu sob fortes medidas de segurança, envolvendo agentes da PJ, PN e militares, polícia francesa e Interpol.
O processo foi ainda seguido pela comunicação social que documentou o transporte da cocaína desde a sede da PJ, até ao lugar e efectiva queima da droga.
Além da autópsia, falta também saber se alguém já reclamou o corpo do russo falecido a bordo da ESER.
Esta foi a maior apreensão de sempre em Cabo Verde.