Os palestinianos pediram às Nações Unidas para destacar uma Força Internacional Permanente para a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, um dia depois de Israel anunciar a suspensão das operações da missão de observadores em Hebron.
O secretário-geral da Organização de Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat, defendeu que a ONU deveria “garantir a segurança e protecção do povo da Palestina”, até ao “fim da ocupação hostil de Israel”.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou, na segunda-feira, 28, que não irá alargar o mandato da missão de observadores TIPH (Presença Internacional Temporária), que está em Hebron, na Cisjordânia, há mais de 20 anos.
Hebron é a maior cidade da Cisjordânia, um território palestiniano ocupado por Israel há mais de 50 anos, e a única na região onde habitam 600 colonos israelitas – protegidos por milhares de soldados, blocos de betão e postos de vigia – e 200 mil palestinianos.
A cidade é frequentemente descrita como um “barril de pólvora” e as tensões são particularmente graves em torno da Gruta dos Patriarcas – Mesquita de Ibrahim para os muçulmanos -, em plena Cidade Velha, e onde segundo a tradição repousam diversas figuras bíblicas, incluindo Abraão.
A missão de observadores tem estado em Hebron, continuamente, desde 1997, devido a um Acordo israelo-palestiniano, concluído após o massacre em Fevereiro de 1994, por um colono israelita, de 29 palestinianos que rezavam na Gruta dos Patriarcas, lugar considerado santo por judeus e muçulmanos.
A sua principal tarefa é registar e relatar as violações cometidas pelos colonos ou pelos palestinianos, não sendo autorizada a intervir, directamente, durante eventuais incidentes.
A colonização israelita nos territórios ocupados é considerada ilegal face ao Direito Internacional.