O director do Departamento de Gestão da Casa Branca, Mick Mulvaney, disse que o Presidente norte-americano está preparado para um novo “Shutdown”, com paralisação dos serviços públicos, se o Congresso não autorizar a construção do Muro na fronteira.
Dois dias após terminar a longa paralisação recorde (35 dias), a Casa Branca tornou claro que Donald Trump está preparado para nova paralisação no Governo.
O impasse que envolve o Presidente e a maioria Democrata no Capitólio está longe de ter terminado, com o tempo a correr, já que o Acordo Financeiro que Trump assinou, na sexta-feira, 25, com os Democratas financia as agências do Governo que estiveram encerradas durante 35 dias, apenas até 15 de Fevereiro.
Ainda não é claro que os Democratas possam ceder e Donald Trump parece pronto para nova batalha, enviando uma série de mensagens, através das redes sociais, que prenunciam o próximo embate com os senadores. “Constrói um Muro e o crime vai cair”, escreveu Donald Trump, no “Twitter”.
Questionado se Trump está preparado para voltar a parar o Governo dentro de três semanas, o chefe do pessoal da Casa Branca respondeu: “Sim, acho que está mesmo”.
Mulvaney acrescentou: “No fim do dia, o compromisso do Presidente é defender a Nação e vai fazê-lo com ou sem o congresso”.
O Acordo a que Trump chegou com o Congresso não inclui os 5,7 mil milhões de dólares (cinco mil milhões de euros) que reclamava para construir um Muro na fronteira com o México.
O Acordo representou uma vitória para a oposição dos Democratas, liderada pela presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, que se tem oposto frontalmente a financiar a barreira.
Contudo, Trump ameaçou que podia fechar o governo novamente, a partir de 15 de Fevereiro, quando acabar o financiamento temporário dos serviços federais agora acordado.
“Não temos outra escolha que construir um Muro potente ou uma barreira em aço. Se não chegarmos a Acordo com o Congresso, ou o governo volta a fechar em 15 de fevereiro, ou vou utilizar os poderes que me estão conferidos para responder a esta emergência”, antecipou.