Em 2032, o progresso do abandono do carvão será avaliado para decidir se a data para o fim pode ser antecipada para 2035.
A Alemanha deverá deixar de produzir energia elétrica em centrais a carvão, o mais tardar, em 2038, defendeu uma Comissão nomeada pelo Governo que inclui ambientalistas, industriais, sindicatos e responsáveis governamentais.
Depois de 21 horas seguidas de negociações no Ministério da Economia, a Comissão revelou, sábado, 26, um Plano de Transição para fontes de energia renováveis em três fases, cuja primeira etapa será a desativação das centrais a carvão mais antigas até 2022.
As recomendações deverão ser transformadas em lei, indicando a progressão para mais eficiência energética, o melhoramento das redes de distribuição e o encerramento progressivo das centrais termoelétricas a carvão, que ainda produzem cerca de um terço da eletricidade na Alemanha.
Nas recomendações continua a orientação de abandono das centrais nucleares, prevendo-se para 2022 o último encerramento deste tipo de instalações.
A Comissão reconhece que acabar com o carvão e com o nuclear fará aumentar os preços da electricidade e recomenda que se criem sistemas de compensação para as famílias e para as empresas.
Até 2030, a Alemanha comprometeu-se a reduzir em 60 por cento as emissões de dióxido de carbono, colocando-as a níveis de 1990.
Em 2032, o progresso do abandono do carvão será avaliado para decidir se a data para o fim pode ser antecipada para 2035.