A chanceler alemã Angela Merkel classifica o Tratado Franco-Alemão, que vai assinar com o Presidente da França, Emmanuel Macron, na próxima terça-feira, 22, como “necessário” para dar um novo impulso à União Europeia (UE).
“Trabalhamos na Europa, queremos dar um novo impulso à unidade europeia”, disse Merkel, numa video-chamada semanal enviada aos cidadãos alemães.
Em causa está o Tratado de Aix-la-Chapelle, que pretende renovar o Tratado de Eliseu, documento fundador das relações bilaterais entre a França e a Alemanha, subscrito em 1963 para marcar a reconciliação dos dois países, após a II Guerra Mundial.
“O mundo transformou-se e necessitamos de um novo tratado que consolide os fundamentos do (Tratado) de Eliseu”, sublinhou.
A chanceler alemã recordou, ainda, que a França e a Alemanha são aliados sólidos, tanto à escala bilateral como multilateral, sendo necessária uma estreita relação para fazer face aos “desafios globais” do meio económico, político e cultural.
De acordo com o Palácio do Eliseu, o nome do Tratado evoca ainda o encontro entre o Presidente francês e a chanceler alemã a 10 de Maio passado naquela cidade alemã, em alemão Aachen, antiga sede do Império de Carlos Magno.
Em 8 de Janeiro, a Presidência francesa indicou, em comunicado, que “os dois países procuram aprofundar os seus compromissos em favor da segurança e da prosperidade dos seus cidadãos no quadro de uma Europa mais soberana, unida e democrática”.
O Pacto cobrirá, também, aspectos de educação, cultura, clima e ambiente e cooperação da sociedade civil.
A assinatura do documento entre Angela Merkel e o Presidente francês, Emmanuel Macron, vai decorrer no Salão da Coroação da Câmara Municipal de Aachen.