As obras concorrentes ao Prémio Literário Armando da Silva Carvalho, “obrigatoriamente escritas em língua portuguesa”, devem ser enviadas até ao dia 31 de maio de cada ano, não sendo aceites ‘obras póstumas’, divulgou ontem a câmara de Óbidos, mentora do prémio.
Criado com o objetivo de “homenagear o autor e incentivar a promoção da criação literária, o prémio irá distinguir, com periodicidade anual, uma obra de poesia, escrita em língua portuguesa, cuja primeira edição tenha sido publicada em qualquer país da lusofonia”, estipula o regulamento publicado no Diário da República, no passado dia 14 de novembro de 2018.
O vencedor será escolhido por “um júri composto por um mínimo de três e um máximo de cinco personalidades de reconhecido mérito no âmbito cultural”, e anunciado durante o Folio – Festival Literário Internacional de Óbidos, onde integrará a programação do segmento Folio Autores.
O autor escolhido receberá uma viagem a uma das cidades da rede de Cidades Criativas da Literatura da UNESCO, que ‘promoverá o autor e a sua obra, organizando tertúlias, mesas redondas e encontros públicos com outros poetas’, estabelece ainda o regulamento.
Armando da Silva Carvalho (28 de março de 1938 – 01 de junho de 2017) foi um poeta e tradutor português, nascido em Olho Marinho, no concelho de Óbidos, onde desenvolveu grande parte da obra que lhe valeu os prémios PEN Clube Português de Poesia (1996 e 2016), Luís Miguel Nava (2000), Fernando Namora (2003), Grande Prémio de Poesia Associação Portuguesa de Escritores (2008), Grande Prémio de Literatura (2014), Prémio Autores de 2016 e Prémio Literário Fundação Inês de Castro (2016), entre outras distinções.
É o autor, entre outras obras, de ‘A Sombra do Mar’ (2017), ‘De Amore’ (2012), ‘Anthero Areia e Água’ (2010), ‘O Amante Japonês’ (2009), ‘Elena e as Mãos dos Homens’ (2006), ‘O Menino ao Colo’ (2003), ‘Três Vezes Deus’ e ‘O Homem Que Sabia a Mar’ (2001), ‘O Cão de Deus’ (1995), ‘Em Nome da Mãe’ (1993), ‘Alexandre Bissexto’ (1989).
Reuniu a obra de poesia em ‘O Que Foi Passado a Limpo’ (2007), e escreveu, em parceria com Maria Velho da Costa, ‘O Livro do Meio’ (2006).
Lusa