Segundo a Coordenadora de Laboratório de Entomologia Médica do INSP, Silvânia Leal, o estudo sobre a “Caraterização do Plasmodium Falciparum circulantes em Cabo Verde” permitiu conhecer os parasitas da malária que estão a circular em Cabo Verde, a sua origem geográfica, e a possibilidade de alguma resistência no processo de tratamento utilizado em Cabo Verde.
O que segundo a mesma, vai também permitir saber se as parasitas são todos da mesma espécie ou se existem algumas diversidades.
Das amostras recolhidas entre setembro e outubro de 2017, no Hospital Agostinho Neto, e dos familiares dos internados com malária, o estudo permitiu concluir que dos casos autóctones todos forma provocados pelos Plasmodium falciparum, uma espécie existente em Cabo Verde, oriunda dos países da Costa Ocidental Africana.
“Em relação à resistência, verificamos que dos fardos que estão a ser utilizados no tratamento em Cabo Verde, não se verifica nenhuma resistência, ou seja, o tratamento é eficaz”, explica a coordenadora.
Para Silvânia Leal, essas informações têm uma certa importância, uma vez que permitirão traçar as estratégias que serão “úteis” para auxiliar no processo de prevenção de novas epidemias, visto que se confirmou a existência da malária em Cabo Verde, sobretudo na Cidade da Praia.
“Conhecendo a epidemia, não descartamos a possibilidade de que haja malária em Cabo Verde, porque temos um grande fluxo de emigrantes para dentro e fora do país. O que permite a entrada de mais parasitas. Mesmo assim, o estudo faz com que tenhamos ferramentas de atuar de forma rápida, conhecendo a espécie e as medidas a serem tomadas”, concluiu.