Várias localidades do Estado de Kerala, no Sul da Índia, estão em greve para protestar contra a entrada de duas mulheres no Templo Hindú de Sabarimala, prosseguindo as manifestações de quarta-feira, 2, que já causaram um morto.
Na madrugada de quarta-feira, duas mulheres com menos de 50 anos entraram, pela primeira vez, naquele Santuário, escoltadas por vários polícias, depois do Supremo Tribunal anular, em Outubro, a proibição de entrada imposta às mulheres entre os dez e os 50 anos.
Tradicionalistas hindús manifestaram-se imediatamente contra a entrada das mulheres em idade fértil no Templo Hindú, levando a Polícia indiana a utilizar gás lacrimogéneo, granadas atordoadoras e canhões de água para deter os manifestantes.
De acordo com a agência de notícias Efe, que cita uma fonte policial que pediu para não ser identificada, as manifestações violentas em pelo menos três distritos do Estado de Kerala causaram já a morte de um militante do Partido Nacionalista Hindú (BJP), do primeiro-ministro Narendra Modi.
Em conferência de Imprensa, o chefe do Governo de Kerala, Pinarayi Vijayan, afirmou que os protestantes já destruíram sete veículos da Polícia, 79 autocarros e atacaram 39 membros das Forças de Segurança e de órgãos de Comunicação Social, principalmente mulheres.
A maioria dos templos hindús não autoriza a entrada de mulheres durante o período menstrual, mas Sabarimala era um dos raros a proibir a sua entrada entre a puberdade e a menopausa.