Fugir ao frio da Europa e entrar no novo ano com um mergulho nas águas azul turquesa que Cabo Verde tem para oferecer é, sem dúvida, o motivo maior que leva a que, cada vez mais, turistas europeus, incluindo os nórdicos, para além dos portugueses e ingleses, procurem este arquipélago para passar as mini férias de Natal e fim de ano.
À semelhança do anos anteriores, Sal e Boa Vista são os destinos mais procurados. Até porque são as duas ilhas que concentram o maior número de camas e o maior número de resorts all inclusive, como se sabe, o tipo de estabelecimentos mais procurados por esses turistas.
Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística, no final do ano 2017, Cabo Verde detinha 12.463 quartos e 20.421 camas disponíveis. Sal, a maior porta de entrada de turistas no país, é a ilha que detém, também, o maior número de quartos, com 47,1% do total nacional, seguida da Boa Vista com 24,5%. O mesmo se passa em relação à oferta de camas, mais uma vez o Sal lidera com 48,2%, seguido da Boa Vista, com 27,6%. Na prática, essas duas ilhas detêm a maior capacidade de oferta também direcionada para esse tipo de turistas.
Dados recolhidos pelo A NAÇÃO, junto de alguns resorts do Sal, confirmam a tendência, cada vez maior. Segundo Luís Cuevas, director-geral do Melia Llana Beach Resort & Spa e do Tui Sensimar Cabo Verde Resort & Spa, prevê-se uma ocupação acima dos 95% para o fim de ano.
“A maioria dos nossos clientes são do Reino Unido, mas temos também clientes da outros países como Alemanha, países Benelux, França, Portugal, Espanha, Itália, Cabo Verde, Brasil, etc.”, avançou Cuevas a uma semana das festas de fim de ano. Como diz, em relação ao ano passado, a taxa de ocupação “está melhor”. O mesmo se verifica em relação às reservas “recebidas por parte dos nacionais” que, conforme essa fonte também, “têm aumentado”.
Aqui, a festa de réveillon promete, com shows de animação, música ao vivo e fogo de artifício, além de um “buffet de gala”.
E para 2019, Cuevas perspectiva um “bom” desenvolvimento turístico de Cabo Verde. “As perspectivas do turismo são boas, o país está no bom caminho e esperamos obter uma taxa de ocupação igual ou melhor que 2018”.
Também António Diaz, gerente do Melia Tortuga, mostra-se contente com a taxa de ocupação para o fim de ano. “Temos uma ocupação a 100%, com aproximadamente 760 clientes, tal como no ano passado”, garantiu.
Aqui os ingleses lideram (40%), seguem-se os nórdicos (25%), e depois os holandeses e belgas (15%), os restantes 20% são distribuídos por várias outras nacionalidades. As reservas de nacionais têm também aumentado, mas, como esclarece Diaz, a um ritmo “lento”, mas “estável”. Jantar de gala, música ao vivo, DJ e fogo de artifício é o cardápio para a entrada no novo ano.
Já no Meliá Dunas Beach Resort & Spa e no Sol Dunas as perspectivas são também boas com taxas razoáveis de ocupação, embora “menores” em relação ao ano passado, conforme avançou o director-geral Kais Mbarek. “A nossa taxa de ocupação prevista para o Meliá Dunas para o fim do ano será aproximadamente de 96% com 1000 clientes. Para Sol Dunas prevêmos 70% de ocupação com 1400 clientes. Os nossos clientes são britânicos, suecos, franceses, alemães, holandeses e belgas”, disse.
Segundo esse responsável, até o momento ainda não receberam nenhuma reserva para o fim de ano de nacionais.”Raramente temos reservas de nacionais para o réveillon”, afirma.
Um cenário que contrasta com o Verão. “Nessa altura tivemos maior número de reservas de cabo-verdianos, normalmente preferem sempre esta época, a partir do inverno já não temos tantos pedidos de reservas”. O programa de festas aqui, além do “sol e mar” será preenchido com música ao vivo, jantar de gala, shows e como não podia faltar o fogo de artifício.
Santiago
Do Sal para Santiago, os turistas dominam as reservas, mas com alguns “locais” a encabeçarem também as reservas para a noite de fim de ano. No hotel Pestana Trópico, na Praia, a taxa de ocupação ronda os 75%, “igual ao ano passado”.
Segundo o gerente Victor Santos, os clientes aqui são portugueses, franceses, cabo-verdianos e suecos. O novo ano será recebido com música ao vivo e fogo de artifício.
Também no Hotel Boutique Pescador, na Praia, a taxa de ocupação está a cima dos 70%.
Segundo José Castilho, director-geral do hotel, portugueses, canadianos e holandeses lideram a lista de clientes. Cinco mil escudos é quanto basta para uma noite de réveillon fora de casa. Várias iguarias incorporam o buffet que começa às 20h, com direito a uvas passas e espumante bruto às 12 badaladas, seguido de sopa “rolon” e mini pregos durante a ceia, acompanhada de animação de DJ.
Um pouco por todo o país, a festa de entrada do novo ano será dinamizada também por câmaras municipais, nas ruas, sobretudo as dos maiores centros urbanos, mas também de muitas festas privadas, para todos os bolsos e gostos.
( Publicado no A Nação nº 591 de 27 Dezembro de 2018 a 02 de Janeiro de 2019 )
GC