A agência alertou hoje para a possibilidade de ocorrer um novo tsunami na costa do Estreito de Sunda, entre as ilhas de Java e Sumatra.

Em causa está, segundo a agência noticiosa EFE, a contínua atividade do vulcão Anak Krakatau.

O anterior balanço dava conta de 168 mortos, 745 feridos e 30 desaparecidos.

As autoridades indonésias confundiram inicialmente o tsunami com uma maré crescente e chegaram a apelar à população para não entrar em pânico, noticiou a agência de notícias France-Presse.

“Foi um erro, sentimos muito”, escreveu na rede social Twitter o porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres, Sutopo Purwo Nugroho.

O tsunami foi desencadeado por uma maré anormal associada a um deslizamento submarino causado pela erupção do vulcão Anak Krakatau. O tsunami atingiu Lampung, Samatra, e as regiões de Serang e Pandeglang, em Java.

“A combinação causou um tsunami repentino que atingiu a costa”, segundo a agência. A área mais afetada foi a região de Pandeglang, na província de Banten, em Java, que abrange o Parque Nacional de Ujung Kulon e praias populares, de acordo com as autoridades.

O vulcão Anak Krakatau, no Estreito de Sunda, que liga o Oceano Índico ao Mar de Java, tem 305 metros de altura está localizado a cerca de 200 quilómetros a sudoeste da capital Jacarta, onde tem sido registada atividade desde junho.

Em julho, as autoridades ampliaram a proibição de acesso para uma área de dois quilómetros à volta da cratera.

O vulcão foi formado após a erupção do Krakatau em 1883, que não só destruiu a ilha onde se erguia como também criou a atual ocupada pelo Anak Krakatau, não sem que antes deixasse um rasto de devastação bem ilustrado nos mais de 36 mil mortos então registados.

O pior tsunami na Indonésia aconteceu em 26 de dezembro de 2004 no norte de Samatra e causou cerca de 230 mil mortes numa dezena de países banhados pelo Oceano Índico, dos quais 168 mil em território indonésio.

A Indonésia é o quarto país em número de habitantes e também um dos mais castigados por desastres naturais.

A localização geográfica da Indonésia, no Anel de Fogo do Pacífico, e o número de vulcões ativos no país, mais de cem, tornam a nação propensa a grande atividade sísmica.

Lusa