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Portugueses entre os europeus que mais confiam na União Europeia

Os portugueses estão entre os cidadãos europeus que mais confiam na União Europeia (UE), embora essa confiança tenha decaído dois porcento (%) desde a Primavera.

O estudo, publicado sexta-feira, 21, pela Comissão Europeia – e citado pela Lusa -, revela que a confiança na UE é uma realidade em 17 Estados-Membros, mais dois do que nesta primavera, sendo particularmente elevada na Lituânia (65%), Dinamarca (60%), Suécia (59%), Holanda (57%), Malta (56%) e Portugal (55%), país onde a tendência a confiar no Bloco Comunitário recuou, no entanto, 2%.

De acordo com o Eurobarómetro “standard” do Outono, a confiança na UE estabilizou em 42%, mantendo-se no seu nível mais elevado desde o Outono de 2010 e continuando a ser superior à nos governos ou nos parlamentos nacionais (ambos com 35%).

No caso português, contudo, essa confiança não se traduz na perceção de que a voz pessoal de cada cidadão conta na Europa, com 51% dos inquiridos a assumir a sua ‘insignificância’ nas decisões comunitárias, contrariamente a países como Dinamarca (73 %), da Suécia (71%) e da Alemanha (70%), cujos cidadãos acreditam que a sua opinião conta.

Pela primeira vez desde que a pergunta foi feita, uma grande parte, 49%, dos cidadãos europeus considera que “a sua voz conta na UE” (+4 pontos percentuais desde a primavera), ao passo que 47% discordam (-2%).

A cinco meses das Eleições Europeias, que vão decorrer entre 23 e 26 de Maio, apenas 43% dos cidadãos europeus têm uma imagem positiva da UE, uma percentagem ainda assim 3% superior em relação à passada primavera – o que representa o nível mais elevado desde o outono de 2009.

Em Portugal, 53% dos inquiridos admitiram ter “uma imagem totalmente positiva” do bloco comunitário, um recuo de 3% relativamente ao Eurobarómetro anterior, com apenas 12% a responderem que têm uma opinião “totalmente negativa”.

Nos 28 Estados-Membros, a maioria dos inquiridos sente-se cidadão comunitário: 71% no conjunto da UE (+1% desde a primavera) ao passo que o sentimento varia, se considerado à escala nacional, entre os 89% no Luxemburgo e os 51% na Bulgária, com Portugal a ficar-se pelos 78%.

E, como cidadãos europeus, os inquiridos manifestaram, neste estudo, as suas grandes preocupações, com a imigração a ser considerada o problema mais premente a resolver pela UE em 26 Estados-membros, com Portugal a ser uma das excepções à regra.

Para os portugueses, é o terrorismo, com 35%, o maior desafio a ser ultrapassado pela UE, com a imigração a aparecer apenas em segundo lugar, com 30%, dez pontos percentuais abaixo da média comunitária.

O Eurobarómetro “standard” do Outono baseia-se em entrevistas individuais, realizadas presencialmente, entre os dias 8 e 19 de Novembro, a 32 mil e 600 pessoas nos Estados-membros da UE, nos cinco países candidatos à adesão – Antiga República Jugoslava da Macedónia (FYROM, na sigla em inglês), Turquia, Montenegro, Sérvia e Albânia – e também na comunidade cipriota turca na parte do país que não está sob controlo do governo da República de Chipre.

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